terça-feira, 1 de novembro de 2011

Uma obra de Santa Engrácia

Não tardará muito para que se cumpra uma década sobre o início da construção do polidesportivo do Carvoeiro pela Câmara de Mação. Ou seja, a obra já passou por 3 mandatos autárquicos!

Decorrido este longo período de tempo, o local está transformado num campo de arbustos e ervas, que as fotos documentam.


O Executivo Camarário promete agora que em 2012 é que é. Esperemos para ver, tantas foram já as promessas feitas e não cumpridas, ano após ano.

Este é um bom exemplo daquilo que não deve ser a actuação de um Executivo Camarário. Todos os anos a obra consta do plano de actividades e todos os anos acaba por ficar adiada. E quando se inicia uma obra e, passados largos anos, ela continua por concluir, há uma má gestão e utilização dos recursos disponíveis.

Infelizmente, o polidesportivo do Carvoeiro não é caso único de obras que foram iniciadas e tardam em ser acabadas.

É o caso, por exemplo, dos sanitários de S. José das Matas que o Executivo Camarário começou a construir a poucos meses do acto eleitoral autárquico de 2009 (o timing da obra terá sido mero acaso, longe de nós pensarmos que as iniciou nessa altura movido por motivações eleitoralistas…).

Fechadas as urnas e contados os votos, fecharam-se também as obras dos sanitários. Mas parece que também está para breve a sua conclusão. Dizem…

Recentemente surgiram por aí uns justiceiros a defender a criminalização dos governantes (embora só de alguns) que tenham praticado maus actos de gestão e feito má utilização do dinheiro público. Se a ideia tiver acolhimento e esses justiceiros a estenderem às autarquias, teme-se que acabe “meio mundo” sentado em frente ao juiz.

4 comentários:

ms disse...

Realmente custa a acreditar que levem tanto tempo a fazer um simples recinto desportivo.

Anónimo disse...

Pois, o pessoal vota nos gajos e depois é o que dá. O Carvoeiro sempre foi PSD, tirando o ultimo mandato, mas também.... nada foi feito. Não sou de lá mas conheço a realidade. Também não é com este presidente que o Carvoeiro lá vai. É o que eu digo o PSD ganha em Mação nem que seja um burro à frente da caravana laranja.
Há situações em que a inércia da Câmara fez estragos. Em Cardigos a Zona Industrial, de tantos atrasos que teve, atrasou a própria freguesia. Agora já tem uma fábrica instalada que felizmente emprega algumas pessoas, dá vida ao comércio e à hotelaria, mas podia ser muito mais. Tantas empresas que se foram embora, para Proença por exemplo. E depois querem lá uma central de biomassa. Srs autarcas ACORDEM... Mação está a perder população e os que insistem em ficar é apenas porque o tempos está mau e a crise a isso obriga pois por cá os custos de vida ainda são menores que noutras cidades.
Com isto tudo nem falei na Junta de Freguesia de Cardigos. Durante anos e anos viveu também na inércia. Coitado do Sr Zeferino, acho que fez o que pode enquanto pode. Depois os últimos anos eram escusados pois pouco deu. Agora não se compreende. O Sr Carlos Leitão vai para as reuniões e não reivindica nada. Apenas reivindica, na calada, outras coisas que toda a gente sabe mas que ninguém tem coragem de dizer. enfim.... é o que temos. Boa sorte para Cardigos e Carvoeiro. S. José das Matas e afins. Gostava que tudo fosse diferente...

Anónimo disse...

No Carvoeiro ainda o começaram,na Ortiga prometeram que construiriam um à minha geração 30 anos atrás,(que bem o mereciam) passou-se a geração dos nossos filhos e daqui a pouco estamos na geração dos netos e polidesportivo nem ve-lo.

Ceia Simões disse...

Perante a grave crise económica e financeira que se vive em Portugal e com as negras perspectivas do próximo futuro a Câmara Municipal de Mação deveria abster-se de fazer quaisquer despesas que não sejam as estritamente necessárias para o normal andamento dos serviços.
Quanto às adjudicações em curso e as já lançadas e não iniciadas deveriam ser analisadas para se verificar se são dispensáveis perante a crise e renegociar encurtamentos e ou mesmo interrupções. E o mesmo para as compras, protocolos de apoio e de assistência, etc.
Há que ter bem presente que os dinheiros que a Câmara gere são dinheiros públicos e não seus. A Câmara só deveria comprar e adjudicar o que é capaz de pagar dentro dos prazos sem ter de contar com remessas futuras de dinheiro que agora são mais do que incertas.
Se a todos se pede contenções nas despesas e racionalização no uso dos bens a Câmara Municipal de Mação deveria ser um exemplo vivo.
As Câmaras individadas são o espelho negro da desgovernação deste País que gasta o que não tem.