sábado, 26 de novembro de 2011

Originalidades na “Pérola do Atlântico”

Quando já pensávamos que tínhamos visto tudo em Alberto João Jardim e no seu PSD – Madeira, ele volta de novo à carga e surpreende-nos.

Na passada 3ª Feira a Assembleia Regional da Madeira aprovou uma lei que permite que, em determinadas votações, um só deputado vote por todos os restantes, mesmo que estes estejam ausentes.

Esta foi a forma encontrada pelo PSD – Madeira para evitar perder votações, agora que ficou com uma bancada parlamentar que conta apenas com mais dois deputados que as bancadas dos partidos da oposição.

Através desta original e”democrática” forma de votação, mesmo que alguns deputados do PSD – Madeira faltem a uma votação, o sucesso desta está sempre garantido. Um vota por todos e está o caso arrumado.

Alguns constitucionalistas já se pronunciaram no sentido de que a medida viola as regras democráticas e é inconstitucional. Mas na “República das Bananas” em que está transformada a Madeira há vários anos, isso pouco ou nada importuna os chefes da dita.

A fazer fé no que saiu na comunicação, também há pouco dias atrás, o Governo Regional da Madeira anulou um concurso público relativo às iluminações de Natal e ao fogo-de-artifício do final do ano e entregou o negócio de 3 milhões de euros a uma empresa que o PSD - Madeira tem vindo a beneficiar nos últimos anos, pertencente a um grupo económico liderado por um ex deputado regional do PSD.

Quando Manuela Ferreira Leite era líder do PSD, chegou a afirmar que a democracia deveria ser suspensa por seis meses. Mas, para viver a experiência, não era necessário levá-la por diante no “Contenente”. Bastaria mudar-se para a “Pérola do Atlântico”.


Comentário Final:

A JSD transformou-se recentemente num “Bando de Justiceiros”, disposta a denunciar os negócios lesivos para o país que, supostamente, o Governo de José Sócrates terá praticado.

Estamos totalmente de acordo que se apurem essas situações lesivas e que, se elas vierem a confirmarem-se, que os seus responsáveis paguem por elas.

Mas o “Bando de Justiceiros” teria facilitado o trabalho à justiça se tivesse começado por exigir a clarificação de outras situações bem mais evidentes, que têm vindo a ser praticadas no “Reino de Alberto João” há dezenas de anos.

Mas sobre essas o “Bando de Justicieiros” amouxa e assobia para o ar.

A coerência é uma coisa tramada. Todos a apregoam mas, na realidade, só alguns a têm.

Sem comentários: