Os que acompanham o Blog Mação 2013 com regularidade estarão recordados de, no início deste ano (post publicado a 13/Jan) aqui termos denunciado e criticado o negócio realizado pelo Executivo Camarário com a empresa Orange Flame, ao adjudicar-lhe a produção e a distribuição, pelo período de um ano, das 3 publicações da Câmara (Verde Horizonte, Animação e Horizonte Verdinho), mediante o pagamento de uma verba a rondar os € 50.000.
Como foi referido na altura, os Vereadores do PS solicitaram 3 orçamentos a 3 gráficas, tendo obtido para o mesmo trabalho orçamentos que eram cerca de metade do valor que o Executivo Camarário aceitou pagar à Orange Flame.
Pois bem, o Executivo Camarário e a Orange Flame decidiram resolver (anular) este contrato de prestação de serviços.
Ainda bem que o fizeram porque ele era penalizador para os cofres da Autarquia. Mas uma questão importa colocar: porque tomaram as 2 partes envolvidas esta decisão?
Não custa a acreditar que, na origem dela, tenha estado a denúncia da situação pelos Vereadores do PS. O Executivo Camarário receou os efeitos negativos da divulgação pública deste mau negócio e procurou minimizá-los.
Mas se a resolução do contrato é positiva, ela não apaga a má gestão do Executivo Camarário. Má gestão que foi fazendo ao longo de vários anos, em que adjudicou a produção e distribuição das publicações por valores semelhantes. E, provavelmente, continuaria a fazê-lo no futuro, não fosse a posição assumida pelos Vereadores do PS.
Mas a “história” tem um novo capítulo.
O Executivo Camarário decidiu terminar com a produção do “Horizonte Verdinho” e, relativamente ao “Verde Horizonte”, já adjudicou a sua produção a outra empresa através de concurso público.
Contudo, voltou a adjudicar a “Animação” à Orange Flame. Esta empresa, que no contrato anterior cobrava € 8.892 pela produção e distribuição da agenda, aceitou agora fazer o mesmo serviço por € 6.000 (menos 32,5%)!
Mas, em relação a este novo ajuste directo colocam-se 4 questões:
- Porque é que o Executivo Camarário não integrou a “Animação” no concurso público que pretende realizar para o “Verde Horizonte”?
- Que razões levaram o Executivo Camarário a, depois de ter rescindido o contrato com a Orange Flame, a adjudicar-lhe novamente a “Animação” (ainda por cima de uma forma directa), sabendo que, no contrato anterior, ela lhe cobrou bastante mais que os preços de mercado?
- O Executivo Camarário não sente que, neste caso, tal como noutros ajustes directos, não tem vindo a defender os interesses do Concelho e dos seus munícipes?
- Porque é que a Orange Flame, que antes não conseguia praticar preços mais baixos, de um momento para o outro já o consegue fazer?
Seria importante, para o cabal esclarecimento do assunto, e por respeito para com os munícipes, que os intervenientes, em particular o Executivo Camarário, dessem uma resposta pública a estas questões.
Como foi referido na altura, os Vereadores do PS solicitaram 3 orçamentos a 3 gráficas, tendo obtido para o mesmo trabalho orçamentos que eram cerca de metade do valor que o Executivo Camarário aceitou pagar à Orange Flame.
Pois bem, o Executivo Camarário e a Orange Flame decidiram resolver (anular) este contrato de prestação de serviços.
Ainda bem que o fizeram porque ele era penalizador para os cofres da Autarquia. Mas uma questão importa colocar: porque tomaram as 2 partes envolvidas esta decisão?
Não custa a acreditar que, na origem dela, tenha estado a denúncia da situação pelos Vereadores do PS. O Executivo Camarário receou os efeitos negativos da divulgação pública deste mau negócio e procurou minimizá-los.
Mas se a resolução do contrato é positiva, ela não apaga a má gestão do Executivo Camarário. Má gestão que foi fazendo ao longo de vários anos, em que adjudicou a produção e distribuição das publicações por valores semelhantes. E, provavelmente, continuaria a fazê-lo no futuro, não fosse a posição assumida pelos Vereadores do PS.
Mas a “história” tem um novo capítulo.
O Executivo Camarário decidiu terminar com a produção do “Horizonte Verdinho” e, relativamente ao “Verde Horizonte”, já adjudicou a sua produção a outra empresa através de concurso público.
Contudo, voltou a adjudicar a “Animação” à Orange Flame. Esta empresa, que no contrato anterior cobrava € 8.892 pela produção e distribuição da agenda, aceitou agora fazer o mesmo serviço por € 6.000 (menos 32,5%)!
Mas, em relação a este novo ajuste directo colocam-se 4 questões:
- Porque é que o Executivo Camarário não integrou a “Animação” no concurso público que pretende realizar para o “Verde Horizonte”?
- Que razões levaram o Executivo Camarário a, depois de ter rescindido o contrato com a Orange Flame, a adjudicar-lhe novamente a “Animação” (ainda por cima de uma forma directa), sabendo que, no contrato anterior, ela lhe cobrou bastante mais que os preços de mercado?
- O Executivo Camarário não sente que, neste caso, tal como noutros ajustes directos, não tem vindo a defender os interesses do Concelho e dos seus munícipes?
- Porque é que a Orange Flame, que antes não conseguia praticar preços mais baixos, de um momento para o outro já o consegue fazer?
Seria importante, para o cabal esclarecimento do assunto, e por respeito para com os munícipes, que os intervenientes, em particular o Executivo Camarário, dessem uma resposta pública a estas questões.
7 comentários:
Estão de parabéns pelo trabalho desenvolvido. Já conseguiram ajudar começar a derrubar alguns feudos instalados nesta terra. Continuem por este caminho que talvez consigam uma varridela ainda maior.
O que surpreende que mesmo fazendo negócios com estes andam na rua como se nada fosse com eles. Se tivessem decoro escondiam-se em casa para ninguém os ver.
E andavam aí uns matercos mutio precupados com o dinheiro que o Nuno Neto ganhava na Câmara.
Primeiro, merece-o pelo trabalho que faz. Depois aquilo que ele já deu a poupar à Câmara dá para lhe pagar o mandato todo.
Fizeram gestão danosa e agora estão a tentar salvar a face. Por isso é que nunca há dinheiro para nada, menos para os amigos.
Ainda bem que se descobrem algumas coisas. O problema são as muitas que ficam por descobrir.
Mas o PS está a trabalhar bem. Criticam mas também fazem oposição construtiva porque dão sempre ideias. Além disso divulgam e isso é muito importante para as pessoas saberem o que se passa. Isto nunca tinha sido feito e nunca ninguém sabia de nada porque a Câmara é um "buraco negro" donde não escapa nada.
Porque será que todas ou quase todas as Câmaras Municipais deste País publicam revistas camarárias impressas em papel de primeiríssima qualidade, paginadas por especialistas com agradáveis cores e tipos artísticos de caracteres e povoadas de fotografias de elevado nível técnico com excelentes definições e resoluções que a pretexto de servirem para divulgação das actividades das câmaras e para publicitar serviços de interesse social, mais não são do que veículos para promoção dos respectivos presidentes e de alguns vereadores!
Nas 50 páginas duma edição de revista camarária contavam-se 72 fotografias do Presidente da Câmara estrategicamente tomadas.
A elaboração de cada uma destas revistas custa com certeza muitos e muitos euros, muitas horas.homem.mulher de conversas em infindáveis reuniões e telefonemas, terabytes de mensagens e de e-mails, resmas de papel, litros de tinta, hectolitros de combustíveis, GWh de energia, etc.
E quem são os efectivos beneficiários destas revistas camarárias?
E quem paga toda esta publicidade?
E o que poderia ser feito com toda a energia e todo o dinheiro gastos na concepção, preparação e feitura das revistas?
No dia em for exigido a todos que trabalham para o Estado, inclusive governantes, o mesmo que a hierarquia superior da Igreja Católica Apostólica Romana exige há séculos a toda a sua família e o que exigem os conceituados empresários privados aos seus colaboradores, dedicação, disciplina, competência, rigor e honestidade então Portugal e os portugueses poderão orgulhar-se de estarem em condições de navegar em segurança nos mares tumultuosos da vida.
Portugal e os portugueses nasceram e viveram durante séculos em monarquias absolutistas, perderam a liberdade, passaram por monarquias constitucionais, conheceram o sabor doce de república democrática e por força dum Decreto-Lei que dificultava a progressão de carreiras saíram duma amarga e espartilhante ditadura para algo já gasto mas bem mais oxigenado, a partidocracia.
Ao fim 37 anos de vida em liberdade os portugueses ainda procuram ambientar-se a viver e conviver em democracia.
Hoje há cursos para tudo e com especialidades para o que ainda não existe. Portugal renascerá quando forem criados institutos e academias com cursos dedicados para serviço público a exemplo do há muito existe para a formação e preparação dos defensores da pátria, os militares.
Para auxiliar de ajudante de balconista de tasca exige-se licenciatura, mestrado e doutoramento, português falado e escrito correctamente com preferência do domínio fluente do inglês, alemão e espanhol e anos de experiência no ramo credenciados por entidades reconhecidas internacionalmente, mas para o exercício de qualquer função política e de governação basta ser próximo dos barões do partido e deles ter a necessária confiança política.
É na política onde o factor determinante do Princípio de Peter tem mais expressão.
O que é preocupante é a baixíssima qualidade do desdobrável "Animação", já não falando do seu conteúdo. Na verdade, retrata muito bem o panorama cultural que se vive no Concelho de Mação.
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