terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Parva que sou

Os “Deolinda”, pela voz da sua vocalista Ana Bacalhau, lançaram uma nova canção, “Parva que eu sou”, nos concertos que realizaram recentemente nos Coliseus de Lisboa e Porto.

Uma canção que retrata como poucas o sentimento de uma grande maioria dos jovens de hoje, quando confrontados com “um mundo tão parvo, onde para ser escravo é preciso estudar”.

A canção suscitou uma larga adesão espontânea do público, primeiro nos concertos, depois nas redes sociais.

Veja aqui o vídeo e a letra da canção.



Sou da geração sem remuneração
E não me incomoda esta situação
Que parva que eu sou
Porque isto está mal e vai continuar
Já é uma sorte eu poder estagiar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar

Sou da geração “casinha dos pais”
Se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro para pagar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar

Sou da geração “vou queixar-me pra quê”?
Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou
Sou da geração “eu já não posso mais”
Que esta situação dura há tempo de mais
E parva não sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar

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