terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Há quem pense como nós

Os Vereadores do PS propuseram a inclusão no Orçamento para 2011 de uma verba de € 75.000, destinada à criação de um Fundo de Apoio Social, o qual teria como objectivo permitir à Câmara, em articulação com as IPSS do concelho ajudar a minimizar situações de carência económica comprovada, que já começam a verificar-se nalguns extractos da população, e que se admite possam surgir de uma forma mais evidente durante este ano.

A proposta foi recusada pelo Executivo Camarário com o argumento que a Rede Social existente no concelho terá condições para dar resposta às situações críticas que possam vir a surgir. E defendeu ainda que, no documento introdutório ao Plano de Actividades para 2011, o assunto era abordado da forma que entediam como conveniente.

E o que diz o referido documento? Passa-se a citar:

“A Rede Social que integra a Câmara Municipal de Mação, terá um papel fundamental em caso de necessidade e de emergência social. É importante que os parceiros envolvidos estejam conscientes da realidade que pode obrigar a intervenções várias.
Como tem sido habitual, seremos um parceiro disponível para as IPSS, instituições que cada vez mais, para além do papel social que desempenham, são factores de desenvolvimento económico do Concelho. Esta é uma realidade que deverá merecer a devida atenção de todos os decisores políticos.”


Ou seja, face a uma medida de apoio concreta, o Executivo Camarário responde generalidades.

Mas pelos vistos, há mais gente que pensa como os Vereadores do PS. Senão vejamos:

"O documento aprovado representa uma forte contenção nas despesas correntes, com um corte previsto de 10 milhões de euros em relação a 2010, mantendo, no entanto, as despesas com incidência social. Neste campo, destaque para a criação, no âmbito das acções complementares, de um fundo de emergência social no valor de 1,5 milhões de euros para salvaguardar um eventual agravamento da situação social no concelho."
Fonte: Site da Câmara Municipal de Cascais

“Ciente das dificuldades e da necessidade de reforçar o apoio à sua população, a Câmara Municipal dedica grande fatia do investimento total para as diversas áreas (cerca de 21 milhões de euros) à área da ACÇÃO SOCIAL. Neste campo importa destacar a criação, em 2011, de um Fundo de Coesão Social, que se destina à concessão de apoios pontuais às famílias para fazer face a situações de emergência social que possam surgir no quadro da actual crise económica e financeira e que será gerido com preocupações de equidade social e elevado grau de rigor. Para este fundo de referência na área das políticas municipais de inclusão social, a Autarquia reserva em orçamento uma verba de 500 mil euros.
Fonte: Site da Câmara Municipal da Amadora

"Conscientes de que 2011 será um ano difícil para as famílias coruchenses, reforçámos em 5% a rubrica de apoio às famílias. Assim, vamos apoiar a construção da Unidade de Cuidados Continuados, equipamento fundamental para o concelho de Coruche, com uma verba de 500.000 euros. Vamos também reforçar o Programa de Bolsas de Estudo, o Programa Casas com Gente e iremos continuar a apoiar outras eventuais obras em colaboração com IPSS, nomeadamente aquelas que se destinem a seniores e/ou outros dependentes, aguardamos com ansiedade a aprovação da candidatura do lar da Lamarosa."
Fonte: Site da Câmara Municipal de Coruche

Como estes, outros exemplos poderiam ser citados. Ou seja, tal como os Vereadores do PS, existem outros que, em vez de se refugiarem em generalidades, preferem medidas concretas.

Mas no fundo, o que se deseja é chegar ao final deste ano se ter necessidade de adoptar quaisquer medidas. Seria bom sinal.

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