quinta-feira, 9 de junho de 2011

A política do “harmónio”

Na reunião de Câmara desta 4ª Feira o Executivo Camarário aprovou, com os votos contra dos Vereadores do PS, uma alteração orçamental que aumenta as despesas correntes em € 228.500, por via de uma redução das despesas de investimento.

O reforço das despesas correntes não irá, por certo, ficar por aqui. Em 2009 elas foram aumentadas em cerca de € 750.000 e, em 2010, em cerca de € 550.000.

Esta prática corrente do Executivo Camarário decorre do facto das despesas correntes serem sub-orçamentadas no Orçamento inicial, o que faz com que haja necessidade de, durante o ano, corrigir a situação.

Ano após ano, o Executivo Camarário persiste em manter uma gestão bastante despesista, facto que condiciona o desenvolvimento do Concelho. A situação é tanto mais preocupante se tivermos em conta que as receitas camarárias provenientes do Orçamento de Estado já sofreram um corte significativo e, tudo indica, nos próximos anos o corte ainda irá ser maior.

Seria tempo do Executivo Camarário arrepiar caminho. Mas os sinais não são animadores.

Mas não é apenas a gestão despesista do Executivo Camarário, reflectida nestas alterações orçamentais, que merece ser criticada.

Também a forma como o Executivo Camarário altera algumas rubricas do orçamento merece críticas. Senão, vejamos o caso da rubrica “Viadutos, Arruamentos e Obras Complementares”:

- No orçamento inicial foi contemplada com € 1.834.000.

- Na 1ª alteração orçamental, ocorrida em 9 de Março, foi reduzida em € 62.300, passando para € 1.771.700;

- Na 2ª alteração orçamental, ocorrida em 13 de Abril, foi aumentada em € 34.300, passando para € 1.806.000;

- Na 3ª alteração orçamental, ocorrida em 8 de Junho, foi reduzida em € 140.000, passando para € 1.666.000;

O que se passa com os “Viadutos, Arruamentos e Obras Complementares” acontece, frequentemente, com outras rubricas.

É caso para dizer que, em termos orçamentais, a política do Executivo Camarário é como um harmónio, ora estica, ora encolhe.

Política do Harmónio
É perfeitamente razoável que, pontualmente, se façam alterações ao orçamento inicial. Já não é razoável esta política ziguezagueante do Executivo Camarário, reveladora de falta de planeamento e gestão.

2 comentários:

Olho Vivo disse...

Planeamento? Gestão? estes tipos do PSD em mação não percebem isso. Aqui é mais "a olho"

Lady Rose disse...

Pois claro, a olhómetro é que se faz bem as coisas. Para depois andar sempre com remendos.