Nos últimos meses as atenções e as preocupações dos portugueses centraram-se na crise financeira do país e da sua dívida soberana, a que se veio juntar, mais recentemente, uma outra crise, esta de natureza política.
Por isso, tem passado quase despercebido a subida das taxas Euribor, às quais estão indexados a grande maioria dos empréstimos dos particulares (nomeadamente habitação e consumo), das empresas e das demais entidades (nas quais se incluem as autarquias).
Ao longo dos últimos meses, e nomeadamente desde o início do ano, as taxas Euribor têm vindo a subir paulatinamente, embora de forma ainda não muito expressiva.
A Euribor a 6 meses, o indexante mais utilizado nos empréstimos, já ultrapassou os 1,5%, enquanto a Euribor a 12 meses já está acima dos 2%.
E tudo indica que esta subida não fique por aqui. Face às tensões inflacionistas que começam a sentir-se na Europa, o Banco Central Europeu já deu a entender que brevemente irá aumentar as suas taxas directoras. E com o aumento destas, a Euribor irá também “pular”.
O aumento das taxas indexantes irá complicar ainda mais a vida das famílias, das empresas e dos demais agentes que, presentemente, já se encontra num sufoco.
O problema poderá assumir maior expressão porque, por via da crise financeira, que aumenta o risco de crédito dos clientes e retira capacidade de financiamento às instituições de crédito, estas têm vindo a trabalhar com “spreads” elevados. Ora se os indexantes baixos ainda esbatiam um pouco o impacto desses “spreads” elevados, com a subida daqueles a situação muda de figura e tende a complicar-se, porque os bancos estão sem margem de manobra para reduzir esses “spreads”.
Se não bastasse tudo o que nos tem vindo a cair em cima, a evolução em alta da Euribor poderá tornar-nos a situação ainda mais complicada.
Vem isto a propósito do empréstimo que a Câmara contratou o ano passado com o BES, no valor de até € 2.500.000.
Na altura alertámos para o facto dele poder vir a gerar no futuro um encargo pesado para a Câmara, quando a Euribor alcançar valores bem mais elevados que aqueles que se registavam na altura e, inclusive, que os que se registam presentemente.
O Executivo Camarário “assobiou para o ar e chutou para canto” este e outros argumentos dos Vereadores do PS. É preciso fazer obra, pede-se emprestado porque há margem para o fazer (verdade se diga que o endividamento bancário da Câmara de Mação não é excessivo).
Presume-se que o Executivo Camarário não tenha feito contas. Além disso, como o empréstimo têm um período de carência de capital de 2 anos, terá pensado que “enquanto o pau vai e vem, folgam as costas”.
Não fez contas mas devia tê-las feito, porque um dia a factura vai chegar para pagar. Já se viu que os tempos que se vivem, e aqueles que se avizinham nos anos mais próximos, são pouco propensos a grandes endividamentos, por muita vontade ou necessidade que tenhamos de os fazer.
Mas como a maioria tem sempre razão, “siga a marinha”!
Por isso, tem passado quase despercebido a subida das taxas Euribor, às quais estão indexados a grande maioria dos empréstimos dos particulares (nomeadamente habitação e consumo), das empresas e das demais entidades (nas quais se incluem as autarquias).
Ao longo dos últimos meses, e nomeadamente desde o início do ano, as taxas Euribor têm vindo a subir paulatinamente, embora de forma ainda não muito expressiva.
A Euribor a 6 meses, o indexante mais utilizado nos empréstimos, já ultrapassou os 1,5%, enquanto a Euribor a 12 meses já está acima dos 2%.
E tudo indica que esta subida não fique por aqui. Face às tensões inflacionistas que começam a sentir-se na Europa, o Banco Central Europeu já deu a entender que brevemente irá aumentar as suas taxas directoras. E com o aumento destas, a Euribor irá também “pular”.
O aumento das taxas indexantes irá complicar ainda mais a vida das famílias, das empresas e dos demais agentes que, presentemente, já se encontra num sufoco.
O problema poderá assumir maior expressão porque, por via da crise financeira, que aumenta o risco de crédito dos clientes e retira capacidade de financiamento às instituições de crédito, estas têm vindo a trabalhar com “spreads” elevados. Ora se os indexantes baixos ainda esbatiam um pouco o impacto desses “spreads” elevados, com a subida daqueles a situação muda de figura e tende a complicar-se, porque os bancos estão sem margem de manobra para reduzir esses “spreads”.
Se não bastasse tudo o que nos tem vindo a cair em cima, a evolução em alta da Euribor poderá tornar-nos a situação ainda mais complicada.
Vem isto a propósito do empréstimo que a Câmara contratou o ano passado com o BES, no valor de até € 2.500.000.
Na altura alertámos para o facto dele poder vir a gerar no futuro um encargo pesado para a Câmara, quando a Euribor alcançar valores bem mais elevados que aqueles que se registavam na altura e, inclusive, que os que se registam presentemente.
O Executivo Camarário “assobiou para o ar e chutou para canto” este e outros argumentos dos Vereadores do PS. É preciso fazer obra, pede-se emprestado porque há margem para o fazer (verdade se diga que o endividamento bancário da Câmara de Mação não é excessivo).
Presume-se que o Executivo Camarário não tenha feito contas. Além disso, como o empréstimo têm um período de carência de capital de 2 anos, terá pensado que “enquanto o pau vai e vem, folgam as costas”.
Não fez contas mas devia tê-las feito, porque um dia a factura vai chegar para pagar. Já se viu que os tempos que se vivem, e aqueles que se avizinham nos anos mais próximos, são pouco propensos a grandes endividamentos, por muita vontade ou necessidade que tenhamos de os fazer.
Mas como a maioria tem sempre razão, “siga a marinha”!
1 comentário:
Algumas da obras são precisas, outras nem tanto. O problema é que os custos vão ser pagos mais tarde por outros. Não devia era haver tanto desperdício porque assim sobrava mais para obras. E vê-se muito dinheiro mal gasto.
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