segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Uma questão de princípio e de ética

Neste Natal o Executivo Camarário decidiu, e bem, promover um “Concurso de Montras”, ao qual concorreram 13 estabelecimentos comerciais, a saber:

01 – Decopedra – R. Padre António Pereira de Figueiredo – Mação
02 – O Fio à Meada – Praça Gago Coutinho – Mação
03 – Óptica Ondalux – Lg. Bombeiros Voluntários – Mação
04 – Arrumação – R. Pina Falcão – Mação
05 – Pharma – Parafarmácia – Lg. Dr. Samuel Mirrado – Mação
06 – Aromação – Lg. Dr. Samuel Mirrado – Mação
07 – Café Central – Praça Gago Coutinho – Mação
08 – Graciete – Salão de Cabeleireira – Rua do Cerejal – Mação
09 – Florista Flor & Arte – Rotunda Centro, Loja 3 – Mação
10 – Casa Silva – R. Cândido dos Reis – Envendos
11 – Casa Capela – Lg. Da Igreja – Amêndoa
12 – Gabinete de Estética Susybell – Av. Eng. Adelino Amaro da Costa – Mação
13 – Café Imigrante – Chão de Codes – Aboboreira

As montras a concurso deverão estar expostas entre os dias 9 de Dezembro e 6 de Janeiro, período durante o qual os munícipes poderão votar na montra sua preferida numa Junta de Freguesia ou na Câmara Municipal.

O número de estabelecimentos é muito reduzido, o que revela bem a indiferença com que os empresários do comércio já encaram as iniciativas camarárias. Alguns até enfeitaram as suas montras, mas preferiram ficar de fora. Concorrer “pra quê”, dizem.

A fazer fé num funcionário de uma das lojas concorrentes, desconhecia o regulamento do concurso e apenas tinha ouvido dizer que “se votava na Câmara”. Se assim for, não pode deixar-se de criticar a forma como o concurso foi organizado.

Mas há uma situação que não podemos deixar passar em claro, que se prende com o facto de estarem a concurso 3 lojas (Aromação, Arrumação e Pharma) que, ao que se julga saber, são propriedade do Presidente da Câmara.

Por uma questão de princípio, de ética e também de salvaguarda da sua imagem, Saldanha Rocha não deveria ter candidatado as suas 3 lojas a um concurso que é promovido pela entidade que dirige.

De uma forma geral, é isso que sempre acontece quando qualquer entidade promove um concurso. Os seus dirigentes e, não raras as vezes os próprios funcionários, ficam impedidos logo à partida de participarem.

Saldanha Rocha não entendeu assim. E, quanto a nós, entendeu mal.

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