segunda-feira, 31 de maio de 2010

Escola de Trânsito ou Reserva Ecológica?

A Escola Fixa de Trânsito apresenta um aspecto de desolador, invadida por erva que cresce nos canteiros e, inclusive, nos próprios passeios.

Há uns anos atrás este foi um projecto emblemático da Executivo Camarário, que pretendeu com ele demonstrar o quanto o concelho era inovador. Num país em que poucos concelhos possuíam uma Escola de Trânsito, Mação estava na vanguarda da segurança rodoviária.


O tempo foi passando e a paixão foi esmorecendo. E hoje a Escola Fixa de Trânsito é aquilo que todos nós sabemos.

Precisávamos que os nossos governantes do concelho vivessem as coisas com amor, porque este é sinónimo de confiança, estabilidade, persistência. Mas, infelizmente, eles vivem de paixões, que tão depressa aparecem como logo a seguir desaparecem.

Foi assim com as praias fluviais da Ribeira de Eiras, da Ortiga, do Pego da Rainha, do Vergancinho. Todas elas já tiveram os seus momentos de glória, mas agora apenas resta a do Carvoeiro.

Foi assim igualmente com os miradouros, com as azenhas, com os múltiplos museus espalhados pelo concelho, ao qual quase só faltava o “museu dos museus”. Ou com os festivais gastronómicos do “tudo e mais alguma coisa” que redundaram na sua completa falência.

O Executivo Camarário pega e larga os projectos de uma forma tão ligeira, que revela bem uma clara ausência de estratégia. Isto tem custos financeiros e de desenvolvimento para o concelho.

Tivessem os Executivos Camarários que nos têm vindo a governar ao longo dos anos de prestar contas a um “patrão” e tudo mudaria de figura ou seriam demitidos antes de terminarem o mandato.

Mas não é assim. Independentemente de se gastar bem ou mal o dinheiro, todos os meses o cheque chega “certinho e direitinho” de Lisboa, sem se prestarem contas a ninguém.

Voltando à Escola de Trânsito, é caso para dizer que ela “já foi chão que deu uvas”. Agora, do seu chão, só brota erva. Ao menos que a Câmara de Mação a cortasse.

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