segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Défice nas políticas que promovem a criação de riqueza

O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu hoje, em Santo Tirso, a necessidade de "reter os mais jovens" nas suas terras para que "não sejam tentados a ir para outras paragens ou mesmo para o estrangeiro".

Falando na sessão de inauguração do novo passeio pedonal das margens do rio Ave, Cavaco Silva afirmou que as prioridades das autarquias "são hoje diferentes das que lhes foram atribuídas" há 20 anos, tendo que têm agora que assumir um papel importante na "valorização da capacidade produtiva do concelho, por forma a reter mais os jovens, para que não sejam tentados a ir para outras paragens ou mesmo o estrangeiro".

Nesse sentido, o Chefe de Estado considerou que essa tarefa também "significa dar um apoio especial às empresas e à tentativa de captar investimentos para o concelho", bem como apostar na "requalificação urbana".

Intervenção de Cavaco Silva em Santo Tirso em 21 de Janeiro, na inauguração do novo passeio pedonal das margens do rio Ave.

Fonte: Lusa



Tal como refere o Presidente da República, é fundamental que as autarquias apostem, cada vez mais, no fomento do empreendedorismo, no apoio empresarial, na captação de investimento. Porque, só desta forma, elas poderão promover a criação de riqueza, fixar população e desenvolver o seu território.

Esta aposta ganha ainda mais relevância nos dias que correm, por via da forte concorrência, com tendência para aumentar, que se faz sentir entre regiões e municípios pela captação / fixação de investimentos e empresas.

Nos últimos anos, um número significativo de autarquias, algumas de dimensão semelhante a Mação, têm vindo a actuar em linha com as palavras do Presidente da República, criando apoios ao investimento e à criação de postos de trabalho, programas e acções tendentes a mobilizar os agentes económicos e fomentando o empreendedorismo, com o objectivo de criar factores diferenciadores que proporcionem aos seus territórios vantagens competitivas relativamente a outros.

Não foi o caso da autarquia de Mação, que não valorizou suficientemente estas áreas de actuação de importância extrema para o futuro do Concelho. Fez pouco, com a agravante de, não raras as vezes, ter trabalhado com base em medidas avulso e / ou com cariz marcadamente eleitoralista, sem uma estratégia traçada e com objectivos definidos e quantificados.

Os membros do Executivo Camarário discordam deste ponto de vista. Mas, o Concelho que temos hoje, com um reduzido dinamismo empresarial e incapaz de fixar população, mostra de que lado está a razão.

1 comentário:

Olho Vivo disse...

Enquanto uns se preocupam com a sua terra, outros preocupam-se pricipalmente com a sua carreira e passam a vida a fazer campanha nos cafés.