terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Aqui bem perto de nós...

...Câmaras do Gavião e de Oleiros devolvem 5% de IRS aos seus Munícipes

Com o objectivo de, nomeadamente, tentarem fixar população nos respectivos concelhos, as Câmaras Municipais do Gavião e de Oleiros decidiram abdicar, a favor dos seus munícipes, da totalidade da receita do IRS a que teriam direito, 5%.

Para além destas 2 Autarquias, outras aqui bem perto de nós decidiram adoptar a mesma política, ainda que não prescindindo totalmente da sua fatia no IRS. São elas: Vila de Rei (2,5%), Constância (1%), Torres Novas (1%), Abrantes (0,5%) e Vila Nova da Barquinha (0,5%)

Em todo o país houve este ano 66 autarquias que optaram por abdicar de uma parte ou da totalidade da sua parcela de IRS em proveito dos respectivos munícipes.

Para além de tentarem fixar população, ao adoptarem esta política as Câmaras acabam por contribuir para um aumento do dinheiro disponível nos bolsos dos seus munícipes o que, nos dias que correm, é muito importante para estes.

Nas últimas eleições autárquicas o PS / Mação também apresentou no seu programa eleitoral a proposta de devolução dos 5% do IRS, pelo que, se tivesse ganho as eleições, os munícipes de Mação estariam agora na mesma situação que os do Gavião e de Oleiros.

Contudo, o PS / Mação entendia e entende que a medida em questão, por si só, não é suficiente para alcançar o objectivo, tão necessário para o concelho, de fixar mais gente. E daí que, do seu programa eleitoral, constassem outras medidas, como apoio aos jovens no pagamento de juros do crédito à habitação ou o apoio à 1ª infância.

O PS / Mação não ganhou as eleições e há que aceitar e respeitar democraticamente essa decisão, legítima, dos eleitores.

O que já não se aceita nem respeita é o facto do PSD / Mação, de uma forma leviana, porque não fez ou não soube fazer as contas, ter considerado tais medidas demagógicas e incomportáveis do ponto de vista financeiro.

Essas medidas, não obstante representarem um custo financeiro ainda elevado, eram perfeitamente exequíveis porque o PS / Mação teve o cuidado de, previamente, fazer essas contas.

Como seriam financiadas as ditas medidas "demagógicas"? Basicamente por duas formas:

- Impondo um maior rigor financeiro na gestão camarária, onde manifestamente se sente que há algum desperdício de recursos;

- Assumindo uma nova estratégia para o concelho, como estava subjacente no seu programa eleitoral, o que pressupunha que fossem postas de lado algumas opções que o PSD / Mação tem vindo a seguir.

Um simples exemplo dessa alteração de estratégia, pegando numa decisão do Executivo Camarário que, recentemente, foi criticada neste Blog: o PS / Mação não teria pago € 35.800 à Associação Cultural da Beira Interior para esta dar aulas de música e de canto ao alunos do 1º ciclo. Porque esta verba, se aplicada no pagamento de juros do crédito habitação de jovens casais, teria um impacto bem mais positivo no concelho.

Dirão alguns que a estratégia do PS / Mação para o concelho não iria funcionar. Bem, mas até ao momento, a única certeza que existe é que a estratégia seguida pelo PSD / Mação, essa sim, não tem funcionado.

2 comentários:

Anónimo disse...

O que não faz sentido é existir dois projectos que concorrem directamente numa vila tão pequena e que se diz "de escassos recursos", que pelo visto não é bem assim. É pena, porque a cultura é sem dúvida o barómetro do desenvolvimento de uma sociedade, mas também vos digo que a cultura não se mede pelo número de pessoas em palco, isso é um engano para os sentidos. Além de que €35.800 para por daria para pagar quase dois anos lectivos no Conservatório de Música de Mação, que tem uma classe de coro, de percussão, de Violino, de Guitarra, de Clarinete, de Flauta, de Trompete, de trombone, de violoncelo, de piano, de saxofone, formação musical, isto para não falar na classe de iniciação dos 5 aos 9 anos, tendo professores especializados e contrato assinado, sem truques.
Mas claramente o projecto do Zé, não é um projecto só cultural, acima de tudo é um projecto Político, idealizado pelo anterior executivo camarário, sendo assim, o pretexto de que "estamos a investir na cultura de Mação" tem sempre um caracter duvidoso , deixando a cultura de assumir o seu papel pedagógico de educar e servir a população, passando a ser um meio de propaganda e marcha de vaidades, como é o caso do Zé. Mas, já se sabe que somos um país de Poetas, não de músicos, por isso, é tão fácil enganar o ouvido.

Anónimo disse...

E não é só em relação à musica!!! Já alguém se lembrou de ver o sai para a pintura? "Escola de Pintura"!!! Quanto sairá à autarquia o preço por pessoa? Gostava de saber!!!