O Executivo Camarário defende-se com os argumentos de que não há forma de as evitar, porque ao longo do ano vão surgindo situações que a isso obrigam, e que existem Câmaras onde o número de alterações é bem maior.
Compreende-se que haja necessidade de, pontualmente, proceder a ajustamentos ao orçamento inicial. O que já não é aceitável é que...
essas alterações, por via do seu valor e/ ou da sua natureza, acabem por desvirtuar o orçamento inicial. E é isto que todos os anos tem vindo a acontecer em Mação.
Por exemplo, este ano, as alterações já realizadas representam quase 12% do valor do orçamento inicial. Mas, mais grave do que isso, é o facto de, por regra, essas alterações passarem, quase sempre, por um aumento das despesas correntes e uma redução das despesas de investimento.
No somatório das referidas 10 alterações o Executivo Camarário já transferiu para despesas correntes € 746.400 afectos inicialmente a despesas de investimento (13,4% do investimento previsto aquando da aprovação do Orçamento para 2009).
E este ano a situação não é mais grave porque, tendo sido ano de eleições, a Câmara reforçou a aposta no "alcatrão" e noutros investimentos importantes para a captação de votos.
Mas um dado é certo: não é com esta política orçamental que vamos colocar Mação na rota do desenvolvimento.
Sem comentários:
Enviar um comentário