quinta-feira, 14 de junho de 2012

A Arte de (não saber) fazer

Durante largo tempo Mação foi apenas conhecido pelo concelho “Verde Horizonte”.

Esta marca foi, inclusive, registada pela Câmara de Mação no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Primeiro, em 2004, apenas sob a forma verbal, depois sob uma forma mista (com imagem) a partir de 2008.


Mais recentemente, o Executivo Camarário começou a associar 2 outras marcas ao Concelho:

- “Mação - Capital do Presunto”, que entretanto foi obrigado a alterar para “Mação – Catedral do Presunto”, em virtude da primeira já ser propriedade da Câmara de Barrancos. Entretanto, para evitar outro “percalço” semelhante, no início deste ano o Executivo Camarário registou a “Catedral” no INPI.



- “Mação – Arte de fazer” (Marca Mação), a qual se distribui por 3 logotipos já conhecidos, cada um deles associado a um tipo de produtos (carnes, azeite e mel).


Relativamente a esta última marca, uma pesquisa realizada no INPI parece indicar que ela não se encontre registada neste instituto.


Confrontado com este facto na reunião de Câmara desta 4ª Feira, o Executivo Camarário referiu que “tinha a ideia que a mesma já tinha sido registada há uns tempos atrás”(!!!). Ao que tudo indica, uma ideia errada…

Depois do que se passou com a “Capital do Presunto”, não deixa de ser surpreendente que o Executivo Camarário não tenha tido ainda a preocupação de registar a marca “Mação – Arte de fazer”.

Por sinal, desde 2008 que se encontra registada no INPI uma marca denominada “Cerveja Artesanal - A arte de fazer cerveja ”. Esperemos que, um dia destes, não venha a surgir mais algum conflito de interesses semelhante ao ocorrido com a marca do presunto…

Reina uma grande confusão no “mundo das marcas” em Mação. A “Capital” virou “Catedral”. A “Catedral” e a “Arte de fazer” aparecem nuns lados e desaparecem noutros (ou não aparecem em lado nenhum). E pelo meio surge ainda o “Verde Horizonte”, que já foi a nossa imagem de marca, a assumir actualmente um papel “meio envergonhado”, qual nobre arruinado.

No fundo, já ninguém percebe bem se somos “Verde Horizonte”, Catedral do Presunto” ou “Arte de fazer”. Se somos tudo ao mesmo tempo ou, se pelo contrário, não somos coisa nenhuma.

Para esta confusão muito tem contribuído a forma ligeira e pouco rigorosa como o Executivo Camarário tem gerido este assunto.

Criar uma marca e consolidá-la não é uma tarefa menor. Como qualquer outra tarefa, exige conhecimento, experiência e profissionalismo. Sob pena dela não cumprir o seu objectivo: ajudar a divulgar e a promover, e no fundo a vender, a “embalagem” onde é colada.

No domínio das “marcas Mação”, não é possível aplicar ao Executivo Camarário o mesmo slogan que ele pretende aplicar ao Concelho: “Arte de fazer”. Bem pelo contrário, até ao momento a sua actuação neste domínio vai mais no sentido de se lhe poder aplicar um outro slogan: “A arte de não saber fazer”.

A bem da imagem do Concelho, das suas empresas e dos seus produtos tradicionais, esperemos que o Executivo Camarário consiga inverter rapidamente o sentido da marcha que tem vindo a seguir.

3 comentários:

Anónimo disse...

Bolas, vocês do PS só sabem dizer mal!Deveriam estar muito caladinhos, não fazer ondas, não dizer mal dos sacrossnatos , eminencias e outros valores de coisa nehuma.
De fazer coisas sem nexo, sem rumo, sem estrategia, sem rumo.
Vamos, diz um verador, a tempo inteiro, sem pensar bem, vamos diz logo o outro.
Sim que Presidente nem ve-lo... onde andará? algures perdido num deserto de idéias, tratando eventualmente da sua vidinha, ma ganhado o seu....
maçanico

Anónimo disse...

Como fizemos um protocolo como uma vila do Brasil um dia ainda passamos a ser a Catedral do Picanha.
Quem foi o iluminado que achou que catedral condizia com presunto? Com estas confusões todas somos mas é a Catedral do Disparate.

Anónimo disse...

O senhor Presidente da CMM com tanto tempo de falta nas instalações da Inatituição que o fez eleger, tem redução de vencimento?


Zé do Burro