É perigoso pensar assim e, sobretudo, dizê-lo publicamente. Porque se a oportunidade existe, há que ter a consciência plena de precisamos de saber agarrá-la. E, mais do que isso, trabalhar afincadamente para que ela não fuja.
Com esta integração o concelho de Mação e os seus munícipes colhem benefícios em áreas como a saúde ou a educação? É um facto.
Ao ficar “agarrado” em definitivo a uma região, terminando com o velho problema de quase não sabermos onde pertencemos, o concelho de Mação vê reduzir os “custos de contexto” que daí decorrem? Também é verdade.
Agora quando falamos em “oportunidade de desenvolvimento” a conversa é diferente porque, sejamos claros, a integração no Médio Tejo, por si só, não irá trazer mais desenvolvimento ao concelho.
Já quando passámos a ter o A23 “à porta” o raciocínio foi precisamente a mesmo. Finalmente o desenvolvimento iria chegar ao concelho, mais rápido e em força do que nunca, porque vinha por auto-estrada.
Quem nos procurou vender essa ideia esqueceu-se que as auto-estradas têm sempre 2 sentidos. E os resultados estão à vista. Foi-se muito do pouco que tínhamos e foi pouco ou nada o que recebemos em troca.
Por isso, mais do que acenar de novo com “amanhãs que cantam”, seria mais prudente assumir que, se quisermos peixe, temos de pescá-lo e não esperar que os outros o façam por nós.
É um facto que a cana de pesca que colocaram à nossa disposição não é das melhores. Mas isso está longe de justificar a escassez de peixe cada vez maior que sentimos à nossa mesa a cada dia que passa.
Infelizmente há quem não perceba isto. E nos começa a acenar com mais uma ilusão.
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