Muito se tem falado, e por enquanto não é demais, sobre a “licenciatura” de Miguel Relvas e a forma como foi conseguida.
À margem de uma Cimeira da Juventude, organizada pelo PSD/Açores em Ponta Delgada, o líder da JSD, referindo-se à licenciatura de Miguel Relvas, afirmou, e passa-se a citar: "O que é importante neste caso é o desempenho dele no cargo que ocupa e a sua competência". E acrescentou ainda que "não se pode permitir que este caso se torne igual ao do Engenheiro José Sócrates".
Sobre a questão da importância do desempenho e da competência estamos de acordo. Aliás, isto serve para o ministro Miguel Relvas, como serve também para o “Manuel” que é piloto de aviões e tem nas suas mãos a vida de muita gente, ou para o “Joaquim” que é empregado das Finanças e tem que saber o que está a fazer para não ser ainda pior que o Governo a cobrar-nos ainda mais impostos, etc., etc. Até aqui nada de novo.
Quanto ao facto de "não se pode permitir que este caso se torne igual ao do Engenheiro José Sócrates", também estamos de acordo com o líder da JSD. Efetivamente, não se pode permitir tal comparação, porque as coisas não são comparáveis.
E não são comparáveis porquê? Porque o Dr. Miguel Relvas não tirou curso nenhum, enquanto o Eng. José Sócrates, independentemente de alguns “pecados” que possa ter cometido na fase final do seu processo de formação, pelo menos tirou, sem que subsistam quaisquer dúvidas sobre isso, o curso de Engenheiro Técnico Civil.
Ao Dr. Miguel Relvas, uma universidade particular “ofereceu-lhe” o curso de Ciência Política e Relações Internacionais, ao permitir-lhe “fazer” apenas 4 das 36 cadeiras do curso (!), dando-lhe equivalência nas demais com base no seu “extraordinário” curriculum profissional.
Já o Eng. José Sócrates, no final dos anos 70 e princípio dos anos 80 frequentou o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), onde tirou o curso de Engenheiro Técnico Civil, de cujo currículo constavam 50 cadeiras. Uma “pequena” diferença em relação ao Dr. Miguel Relvas…
Se o Dr. Miguel Relvas tivesse o curriculum académico do Eng. José Sócrates, então sim, isso seria “um não assunto”, porque ninguém se lembraria de contestar um curso de Engenharia Técnica de um politécnico do ensino oficial.
O curso do Dr. Miguel Relvas assemelha-se assim a uma espécie de doação, embora o povo, com a sua sabedoria popular, diga que não existem almoços grátis.
Outra parte interessante do líder da JSD é quando, em declarações à TSF, afirma “é preciso pedir explicações a quem aprovou esta lei, na altura o ministro Mariano Gago, o ministro mais tempo em funções no nosso país”.
Afinal o que é que o líder da JSD pretende que o ex-ministro explique? Só se for que a lei não foi aprovada para ser desvirtuada e abusada por alguns “chico-espertos”.
Até parece que o líder da JSD entende que a culpa é do ex-ministro Mariano Gago. Bem, se assim fosse, seria o mesmo que dizer que, num assalto a um banco, a culpa não é do gatuno mas sim do banco que têm lá o dinheiro.
Em conclusão, o líder da JSD transmite a ideia de que tem muita dificuldade em lidar com as (muitas) “argoladas” e contradições que, regularmente, vão acontecendo dentro da sua família politica. Mas é bom que se vá habituando, sob pena de passar a imagem de estar sempre pronto a fazer um frete por um companheiro de partido, por mais indefensável que tenha sido a atitude deste.
Não se lhe pede que venha para a praça pública criticar abertamente o seu companheiro de partido. Mas, há momentos na vida, em que é importante e de bom senso ficar em silêncio…
À margem de uma Cimeira da Juventude, organizada pelo PSD/Açores em Ponta Delgada, o líder da JSD, referindo-se à licenciatura de Miguel Relvas, afirmou, e passa-se a citar: "O que é importante neste caso é o desempenho dele no cargo que ocupa e a sua competência". E acrescentou ainda que "não se pode permitir que este caso se torne igual ao do Engenheiro José Sócrates".
Sobre a questão da importância do desempenho e da competência estamos de acordo. Aliás, isto serve para o ministro Miguel Relvas, como serve também para o “Manuel” que é piloto de aviões e tem nas suas mãos a vida de muita gente, ou para o “Joaquim” que é empregado das Finanças e tem que saber o que está a fazer para não ser ainda pior que o Governo a cobrar-nos ainda mais impostos, etc., etc. Até aqui nada de novo.
Quanto ao facto de "não se pode permitir que este caso se torne igual ao do Engenheiro José Sócrates", também estamos de acordo com o líder da JSD. Efetivamente, não se pode permitir tal comparação, porque as coisas não são comparáveis.
E não são comparáveis porquê? Porque o Dr. Miguel Relvas não tirou curso nenhum, enquanto o Eng. José Sócrates, independentemente de alguns “pecados” que possa ter cometido na fase final do seu processo de formação, pelo menos tirou, sem que subsistam quaisquer dúvidas sobre isso, o curso de Engenheiro Técnico Civil.
Ao Dr. Miguel Relvas, uma universidade particular “ofereceu-lhe” o curso de Ciência Política e Relações Internacionais, ao permitir-lhe “fazer” apenas 4 das 36 cadeiras do curso (!), dando-lhe equivalência nas demais com base no seu “extraordinário” curriculum profissional.
Já o Eng. José Sócrates, no final dos anos 70 e princípio dos anos 80 frequentou o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), onde tirou o curso de Engenheiro Técnico Civil, de cujo currículo constavam 50 cadeiras. Uma “pequena” diferença em relação ao Dr. Miguel Relvas…
Se o Dr. Miguel Relvas tivesse o curriculum académico do Eng. José Sócrates, então sim, isso seria “um não assunto”, porque ninguém se lembraria de contestar um curso de Engenharia Técnica de um politécnico do ensino oficial.
O curso do Dr. Miguel Relvas assemelha-se assim a uma espécie de doação, embora o povo, com a sua sabedoria popular, diga que não existem almoços grátis.
Outra parte interessante do líder da JSD é quando, em declarações à TSF, afirma “é preciso pedir explicações a quem aprovou esta lei, na altura o ministro Mariano Gago, o ministro mais tempo em funções no nosso país”.
Afinal o que é que o líder da JSD pretende que o ex-ministro explique? Só se for que a lei não foi aprovada para ser desvirtuada e abusada por alguns “chico-espertos”.
Até parece que o líder da JSD entende que a culpa é do ex-ministro Mariano Gago. Bem, se assim fosse, seria o mesmo que dizer que, num assalto a um banco, a culpa não é do gatuno mas sim do banco que têm lá o dinheiro.
Em conclusão, o líder da JSD transmite a ideia de que tem muita dificuldade em lidar com as (muitas) “argoladas” e contradições que, regularmente, vão acontecendo dentro da sua família politica. Mas é bom que se vá habituando, sob pena de passar a imagem de estar sempre pronto a fazer um frete por um companheiro de partido, por mais indefensável que tenha sido a atitude deste.
Não se lhe pede que venha para a praça pública criticar abertamente o seu companheiro de partido. Mas, há momentos na vida, em que é importante e de bom senso ficar em silêncio…
2 comentários:
Os jotas de todos os partidos são todos feitos da mesma farinha. Querem é fazer carreira política e por vezes têm de fazer alguns fretesaos seus patrões para que estes lhe deem a mão.
Vão mas é trabalhar malandros.
Não posso, e acho que ninguém pode dizer que, o importante é o desempenho naquilo que se faz, porque isso seria o descrédito e a negação de todo o ensino e todos passariamos a fazer aquilo para o qual tinhamos mais jeito, e de nada valiam as formações em qualquer área, numa altura em que um simples pedreiro, pintor, barbeiro etc. tem que ter formação na área, como é que se pode dizer isto, não sei porque é que o Duarte Marques andou tanto tempo a estudar por essa ordem de ideias bastava andar, conforme anda, a lamber as botas aos barões do PSD. É vergonhoso
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