terça-feira, 17 de julho de 2012

Um incentivo ou apenas uma lembrança?

No âmbito do “Regulamento de Incentivos à Natalidade e Apoio à Família” a Câmara de Mação tem vindo atribuir aos casais residentes no Concelho um subsídio de € 500 aquando do nascimento do 2º filho e de € 1.000 quando se trata do 3º filho ou seguintes.

Ao abrigo deste denominado incentivo à natalidade, a Autarquia atribuiu € 8.500 em 2010 (11 segundos filhos e 3 terceiros filhos) e € 7.500 em 2011 (9 segundos filhos e 3 terceiros filhos).

Embora o regulamento apenas tenha entrado em vigor em Junho de 2009, nada aponta para que ele esteja a ter sucesso no combate ao decréscimo do número de crianças nascidas no Concelho, o qual tem vindo a acentuar-se de ano para ano.


O que não surpreende, porque não é com um apoio de € 500 ou € 1.000 que se motiva um casal a ter mais um filho.

Dizem alguns, incluindo os próprios membros do Executivo Camarário, que, no fundo, este subsídio não é mais que um gesto de simpatia para os que no Concelho “apostam” num 2º ou num 3º filho. Ou seja, mais do que incentivar a natalidade, o Executivo Camarário distribui uma lembrança a alguns que nascem.

Esta política é agradável para os munícipes contemplados, que fazem bem em aproveitar a dávida que colocam à sua disposição. Será também agradável para o Executivo Camarário, que vai distribuindo “prendas” por uns e outros, um aspecto sem dúvida relevante para quem vive permanentemente obcecado com eleições.

Mas o papel de uma Autarquia não deve ser distribuir apoios em jeito de lembrança, sem que deles o município retire qualquer vantagem. Sob pena de estar a malbaratar o dinheiro público.

Perante a evolução extremamente negativa da natalidade no Concelho (à imagem do que acontece por todo o país, embora de forma mais acentuada em Mação e noutros concelhos do interior), o que faria sentido era adoptar uma política de incentivos à natalidade mais ousada, assente num conjunto de apoios mais diversificados e significativos aos casais jovens.

Talvez desta forma fosse possível esbater, ainda que minimamente, o problema mais grave com que Mação se debate: a sua desertificação e o envelhecimento da população.

Ao invés, a manter-se o actual sistema de “incentivos” à natalidade o Executivo Camarário pode agradar a alguns. Mas não dá o mínimo contributo para que nasça mais uma criança no Concelho.

Nota: que não se infira deste comentário qualquer crítica a quem tem vindo a receber o “subsídio de natalidade”. Como se disse anteriormente, quem o recebe limita-se, e bem, a receber um subsídio que existe e a que tem direito.

5 comentários:

Unknown disse...

Prezados senhores:

Lá voltamos nós a ter de manifestar o nosso desagrado por este tipo de análises, ou críticas, ao que se faz.

..." o que faria sentido era adoptar uma política de incentivos à natalidade mais ousada, assente num conjunto de apoios mais diversificados e significativos aos casais jovens."

Por favor, dêm-se a conhece, digam quais apoios, com que valor, enquadrados em que verbas orçamentais. Se querem que algum dia alguém lhes dê o seu voto, antecipem soluções, mostrem que seriam capazes de fazer melhor, mas concretizando, ensinando e ajudando, construtivamente, a resolver os problemas.

Depois reivindiquem a autoria das soluções, digam aos eleitores que isto e mais aquilo foi feito porque nós o idealizámos e indicámos ao poder constituído. É que enquanto se limitarem a atirar pedras a tudo e todos, mais convencem o povo que quem manda deve ter algum valor...

Só se atiram pedras às árvores que dão fruto!...

Prof José Valente

Carlos disse...

Senhor Professor José Valente, embora comente poucas vezes neste Blog, é sempre com enorme prazer que se lê na íntegra os seus comentários. Os mesmos não são ofensivos e espelham bem a realidade ou seja as perspetivas que o PS/Mação tem em relação ao futuro. Nada! É gente que apenas quer o poder, mas sem soluções ou iniciativas que sejam positivas para Mação. É de gente baixa e sem cultura o que neste espaço se escreve, sempre atacando quem governa em Mação, mas sem soluções. Nuno Neto, não conhece a realidade do concelho nem apresenta projectos nem sugestões para o seu desenvolvimento. Nunca será Presidente da Câmara, porque lhe faltam qualidades, capacidades e poder de decisão, sendo assim apenas lhe resta criticar e ser um simples Vereador da oposição. Quando digo o PS/Mação não me refiro a todos os elementos que o integram ou seus simpatizantes. São poucos mas que chegam para destruir um partido que assim vai ficando cada vez mais longe de presidir um dia á autarquia local.
Quando se é influenciável, ou somos dirigidos por outros é um enorme sinal de fraqueza. Será que tudo o que se tem feito em Mação é assim tão mau? Força Professor...

Mação 2013 disse...

Boa Noite,
Ao Sr. José Valente responderei brevemente. Não irei conseguir convencê-lo mas, ainda assim, procurarei esclarecê-lo.
O mesmo não direi em relação a outros, que não merecem resposta.
Nuno Neto
Blog Mação 2013

Anónimo disse...

Aparece de vez em quando para mandar umas farpas, desculpe sr.José Valente mas não sirva de encomendado.Repare no blog mais vezes e verá um grande numero de soluções.Não se trata de atirar pedras. A si também pelos vistos custa ouvir algumas verdades.Seja imparcial que fica-lhe bem melhor.O sr. não conhece minimamente Nuno Neto, e assim sendo fique no seu canto.

Unknown disse...

Senhor Administrador do Blogue:

Ao interlocutor que sob a "autoria" de "ANÓNIMO" deixa algumas palavras, cujo significado não consigo perceber bem, não posso responder.

Nos 70 anos que levo de vida, nunca precisei de omitir o meu nome em nada do que fiz ou escrevi:

Porque "tenho nome", porque "recebi um nome", porque nos actos e omissões que me dizem respeito "devo ser nomeado", porque a quem me dirijo "me devo dar a conhecer" e, finalmente, "porque não sou desconhecido".

A ausência dos pressupostos acima mencionados, identifica "não seres", ao contrário deste Vosso interlocutor que é um "ser", com nome.

Mais um esclarecimento, Sr. Administrador do Blogue: Estas minhas palavras não contêm qualquer desafio; Antes apelam ao mais elementar de cada um de nós: "ser", usar um nome.

PS. Uma pequena nota: não dirigi nem dirijo qualquer ataque a ninguém. De facto não conheço o Sr. Nuno Neto; porém, se necessitar de me dirigir a ele, escreverei o seu nome, amigável e respeitosamente.

Até sempre

Prof. José M. Valente