Comemora-se hoje o Dia do Trabalhador.
A cada ano que passa são cada vez mais os trabalhadores que têm de trabalhar no dia que lhes é dedicado, porque as suas empresas não encerram as portas.
A justificação, dizem, é a crise e a consequente necessidade de se trabalhar e produzir mais para a combater.
Por este andar, não tardará que haja empresas, nomeadamente no sector da distribuição, que comecem a reclamar a necessidade de estarem abertas também nos dias de Natal e de Ano Novo.
O que se passa no 1º de Maio é apenas o reflexo de uma ofensiva que, dia após dia, um pouco por todo o lado e em particular em Portugal, tem vindo a acentuar-se contra o factor trabalho.
Uma sociedade cada vez mais individualista e egoísta contribui decisivamente para que nos tornemos mais acomodados e submissos a esta ofensiva. Vivemos impávidos e serenos perante os problemas que afligem os outros e só nos sentimos mais desconfortáveis e tentados a reagir quando eles batem à nossa porta.
Talvez esteja a chegar à altura de reflectirmos sobre o conhecido poema de Bertold Brecht:
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho o meu emprego
Também não me importei
Agora estão-me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
A cada ano que passa são cada vez mais os trabalhadores que têm de trabalhar no dia que lhes é dedicado, porque as suas empresas não encerram as portas.
A justificação, dizem, é a crise e a consequente necessidade de se trabalhar e produzir mais para a combater.
Por este andar, não tardará que haja empresas, nomeadamente no sector da distribuição, que comecem a reclamar a necessidade de estarem abertas também nos dias de Natal e de Ano Novo.
O que se passa no 1º de Maio é apenas o reflexo de uma ofensiva que, dia após dia, um pouco por todo o lado e em particular em Portugal, tem vindo a acentuar-se contra o factor trabalho.
Uma sociedade cada vez mais individualista e egoísta contribui decisivamente para que nos tornemos mais acomodados e submissos a esta ofensiva. Vivemos impávidos e serenos perante os problemas que afligem os outros e só nos sentimos mais desconfortáveis e tentados a reagir quando eles batem à nossa porta.
Talvez esteja a chegar à altura de reflectirmos sobre o conhecido poema de Bertold Brecht:
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho o meu emprego
Também não me importei
Agora estão-me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
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