Para Passos Coelho o conceito de “Novas Oportunidades” é diferente daquele que foi criado pelo 1º governo de José Sócrates, o qual estava associado à possibilidade dos cidadãos reconhecerem e validarem as suas competências.
Para Passos Coelho as “Novas Oportunidades” dão pelo nome de desemprego.
Durante anos a fio os portugueses andaram a induzir em erro os seus filhos, quando lhes transmitiam o conceito de que o emprego (se possível, um emprego bem remunerado) era a oportunidade para levar uma vida “normal”. Mas, afinal, descobre-se agora, pela boca do actual Primeiro-Ministro, que esse conceito estava errado.
Caro cidadão, caiu no desemprego? Não desespere, porque isso representa para si uma “nova oportunidade”. Basta, para isso, que saia da “zona de conforto” que a situação de desemprego representa. É isso que diz o Primeiro-Ministro.
Talvez o Primeiro-Ministro não saiba (e devia saber) mas, o que espera a grande maioria dos portugueses que vão perdendo o emprego, em grande parte devido à falta de apoio do Estado (o único “apoio” visível é o aumento da carga fiscal, que o digam: a restauração por causa do aumento do IVA; os funcionários públicos e os reformados por causa do “saque” que lhes fizeram aos 13.º e 14.º mês, etc., etc.) é não terem dinheiro para a alimentação, para pagar a renda de casa e para educar os filhos.
Para estes, as únicas oportunidades que o desemprego lhes trazem, num país que não está a gerar emprego, é a fome e a miséria.
Diz ainda o Primeiro-Ministro, que “despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma”. Isso é verdade, mas apenas para alguns “bafejados pela sorte”, para quem há sempre uma “porta aberta” à sua espera.
É o caso dalguns, a quem os “corredores do poder” lhes têm aberto as portas em conselhos de administração ou em outros lugares de destaque em empresas públicas ou privadas, para ocupar lugares pagos, não raras as vezes, a peso de ouro, muitas vezes para compensação de favores “legalmente” concedidos.
O estatuto de Passos Coelho nunca lhe permitirá passar pela situação de desespero em que se encontra mais de um milhão de portugueses. Até porque, numa situação limite, o seu antigo patrão terá sempre uma porta aberta à sua espera.
A grande maioria do país ficou chocada com a frieza, a insensibilidade e a falta de respeito que o Primeiro-Ministro de Portugal revelou para com todos os que vivem a situação angustiante e desesperada de não terem emprego e, pior do que isso, de terem pouca ou nenhuma expectativa de o voltarem a arranjar, pelo menos nos tempos mais próximos.
Mas, depois de tudo o que já se ouviu da boca de Passos Coelho, não surpreenderá se, um dia destes, o ouvirmos dizer que morrer não é nenhuma desgraça, mas sim uma “oportunidade de mudança”.
De facto, infelizmente, essa talvez seja a única oportunidade que existe para nos livrarmos de certos políticos.
Nota Final:
Dados publicados hoje pelo INE indicam que são já 820.000 os portugueses que beneficiam da “nova oportunidade” dada por Passos Coelho para mudarem de vida. O Algarve é a região do país onde as pessoas mostram maior disponibilidade para isso: um em cada cinco algarvios (20%) encontra-se nesta condição privilegiada. Gente sortuda!
Para Passos Coelho as “Novas Oportunidades” dão pelo nome de desemprego.
Durante anos a fio os portugueses andaram a induzir em erro os seus filhos, quando lhes transmitiam o conceito de que o emprego (se possível, um emprego bem remunerado) era a oportunidade para levar uma vida “normal”. Mas, afinal, descobre-se agora, pela boca do actual Primeiro-Ministro, que esse conceito estava errado.
Caro cidadão, caiu no desemprego? Não desespere, porque isso representa para si uma “nova oportunidade”. Basta, para isso, que saia da “zona de conforto” que a situação de desemprego representa. É isso que diz o Primeiro-Ministro.
Para estes, as únicas oportunidades que o desemprego lhes trazem, num país que não está a gerar emprego, é a fome e a miséria.
Diz ainda o Primeiro-Ministro, que “despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma”. Isso é verdade, mas apenas para alguns “bafejados pela sorte”, para quem há sempre uma “porta aberta” à sua espera.
É o caso dalguns, a quem os “corredores do poder” lhes têm aberto as portas em conselhos de administração ou em outros lugares de destaque em empresas públicas ou privadas, para ocupar lugares pagos, não raras as vezes, a peso de ouro, muitas vezes para compensação de favores “legalmente” concedidos.
O estatuto de Passos Coelho nunca lhe permitirá passar pela situação de desespero em que se encontra mais de um milhão de portugueses. Até porque, numa situação limite, o seu antigo patrão terá sempre uma porta aberta à sua espera.
A grande maioria do país ficou chocada com a frieza, a insensibilidade e a falta de respeito que o Primeiro-Ministro de Portugal revelou para com todos os que vivem a situação angustiante e desesperada de não terem emprego e, pior do que isso, de terem pouca ou nenhuma expectativa de o voltarem a arranjar, pelo menos nos tempos mais próximos.
Mas, depois de tudo o que já se ouviu da boca de Passos Coelho, não surpreenderá se, um dia destes, o ouvirmos dizer que morrer não é nenhuma desgraça, mas sim uma “oportunidade de mudança”.
De facto, infelizmente, essa talvez seja a única oportunidade que existe para nos livrarmos de certos políticos.
Nota Final:
Dados publicados hoje pelo INE indicam que são já 820.000 os portugueses que beneficiam da “nova oportunidade” dada por Passos Coelho para mudarem de vida. O Algarve é a região do país onde as pessoas mostram maior disponibilidade para isso: um em cada cinco algarvios (20%) encontra-se nesta condição privilegiada. Gente sortuda!
4 comentários:
Uma única questão: Onde é que isso foi dito?? Num discurso à Nação ou numa conferência com empreendedores portugueses, muitos deles antes desempregados aproveitaram esse facto para criar emprego!
O nosso politicamente correcto é prejudicial!
Mas em Mação é difícil de perceber, será que algum desempregado pediu o subsídio de desemprego total com vista a investir e sair da situação em que se encontra? Muito poucos, bom bom é recebe-lo ao fim do mês, contadinho para ir dando para as minis e os cigarros, e vamos esperando, sentados, criticando...
O CNO é uma treta e uma fraude que vai dar habilitações a quem não as tem, e mais uma vez mostrar á Europa aquilo que não somos, um pais de facilitismo e de preguiça, nada mais.
Os que apoiam este (Des)Governo se vierem a estar desempregados, será nessa altura, que irão "saborear", na plenitude, as palavrinhas mansas e doces de um lobo travestido de "cordeiro" que para os mais desprotegidos tem sido uma autêntica ave de rapina. Em Mação, até há pouco tempo, a Câmara ia garantindo emprego aos que vestiam a camisola laranja, mas agora, até para esses a coisa vai estar preta.
Desta vez é que o PS ganha. diziam que era por causa dos empregos, que o PSD ganhava. Pelos vistos, sem este argumento, a vitória em 2013 está garantida!Caso contrário será incompetência pura e dura.
Enviar um comentário