“A Pinhal Maior está a promover uma iniciativa que tem como objetivo fomentara produção agrícola, através do aproveitamento económico e social de excedentes da agricultura familiar e de pequena escala existentes em toda a Zona do Pinhal. A ideia passa por agilizar que os pequenos produtores possam vender os seus produtos através de um escoamento eficaz assegurado pela equipa do projeto ou em mercados periódicos, a realizar nos cinco concelhos, com animação e uma divulgação bastante alargada.
Para o caso da venda em mercados periódicos, estas “praças” serão realizadas mensalmente, em sistema de rotatividade, pelo que cada produtor é poderá ainda participar nos eventos dos concelhos vizinhos, criando assim uma maior dinamização e intercâmbio socioeconómicos.
Para participar nesta iniciativa, existe ainda a possibilidade entregar apenas os produtos num posto de recolha, os quais serão depois escoados pela equipa do projeto. Para o efeito, só tem de se dirigir à Junta de Freguesia e preencher um inquérito de inscrição bastante simples que também está disponível para download nos "Destaques" deste website.
A partir da organização da recolha e da oferta dos produtos agroalimentares excedentes das produções familiares, assim como de pequenas produções complementares dos rendimentos principais com outras atividades, será possível:
1) Evitar que se percam enormes quantidades de alimentos de grande qualidade e para os quais existe uma procura crescente;
2) Promover os Produtos do Pinhal, através da organização periódica de eventos que atraiam visitantes consumidores aos vários concelhos do Pinhal;
3) Desenvolver progressivamente uma dinâmica empresarial geradora de riqueza e emprego local, ao mesmo tempo que garante um acréscimo de rendimento nos lares do Pinhal e
4) Fomentar uma imagem positiva de todo o território, criando uma marca global de prestígio e passível de retorno turístico.
Recorde-se que nesta primeira fase, os produtores agrícolas deverão dirigir-se à sua junta de freguesia e preencher um inquérito bastante simples, no qual terão de indicar os produtos agroalimentares que oferecem habitualmente e respetivas características, assim como previsões de quantidade – informações que serão depois confirmadas. Deste modo, para além de uma melhor definição do modelo da iniciativa, torna-se possível efetuar uma caracterização bastante abrangente da fileira agrícola do concelho, pelo que é fundamental a participação de todos os intervenientes para garantir o sucesso desta operação. Caberá depois à organização assegurar as condições logísticas, em respeito pela legislação do sector, assim como a promoção e dinamização destas atividades, contribuindo para a criação de uma marca global única de prestígio e qualidade natural.”
Fonte: Site da Câmara Municipal de Oleiros
Comentário:
Quando olhamos para a iniciativa “Os Quintais Praças do Pinhal” que a Pinhal Maior pretende promover com o apoio das Câmaras Municipais dos 5 concelhos que a integram (Mação, Oleiros, Sertã, Proença-a-Nova e Vila de Rei) ela parece, à primeira vista, meritória.
Contudo, a fazer fé no texto publicado no Site da Câmara de Oleiros, os objectivos que a Pinhal Maior se propõe alcançar com a iniciativa parecem excessivos, para não dizer megalómanos.
Com efeito, custa a acreditar que a colocação no mercado dos excedentes das produções agroalimentares familiares permita atrair “visitantes consumidores aos vários concelhos do Pinhal”, “Desenvolver progressivamente uma dinâmica empresarial geradora de riqueza e emprego local” ou “criando uma marca global de prestígio e passível de retorno turístico.”
É bom termos ambição quando nos abalançamos a um novo projecto. Mas quando essa ambição é demasiado grande, não raras as vezes esse é o primeiro passo para que ele acabe por correr mal.
Outra questão pertinente e que os Vereadores do PS já tiveram oportunidade de alertar o Executivo Camarário quando este, na reunião de Câmara da passada 4ª Feira aflorou o assunto, prende-se com a concorrência, de alguma forma “desleal”, que a realização dos mercados periódicos previstos poderá gerar para os comerciantes legalmente instalados.
Os poucos clientes que já povoam estes concelhos e a acentuada redução do seu poder de compra, bem como a feroz concorrência gerada pelo sector da grande distribuição já causam suficientes “dores de cabeça” aos comerciantes de Mação e dos restantes concelhos do Pinhal. Se, em cima desta situação cada vez mais difícil de gerir, ainda tiverem de confrontarem-se com os produtores que surjam nestes mercados a vender os seus produtos…
Entendemos que esta questão merece ponderação. Sob pena de, ao procurar-se resolver um problema, se acentuar outro.
Para o caso da venda em mercados periódicos, estas “praças” serão realizadas mensalmente, em sistema de rotatividade, pelo que cada produtor é poderá ainda participar nos eventos dos concelhos vizinhos, criando assim uma maior dinamização e intercâmbio socioeconómicos.
Para participar nesta iniciativa, existe ainda a possibilidade entregar apenas os produtos num posto de recolha, os quais serão depois escoados pela equipa do projeto. Para o efeito, só tem de se dirigir à Junta de Freguesia e preencher um inquérito de inscrição bastante simples que também está disponível para download nos "Destaques" deste website.
A partir da organização da recolha e da oferta dos produtos agroalimentares excedentes das produções familiares, assim como de pequenas produções complementares dos rendimentos principais com outras atividades, será possível:
1) Evitar que se percam enormes quantidades de alimentos de grande qualidade e para os quais existe uma procura crescente;
2) Promover os Produtos do Pinhal, através da organização periódica de eventos que atraiam visitantes consumidores aos vários concelhos do Pinhal;
3) Desenvolver progressivamente uma dinâmica empresarial geradora de riqueza e emprego local, ao mesmo tempo que garante um acréscimo de rendimento nos lares do Pinhal e
4) Fomentar uma imagem positiva de todo o território, criando uma marca global de prestígio e passível de retorno turístico.
Recorde-se que nesta primeira fase, os produtores agrícolas deverão dirigir-se à sua junta de freguesia e preencher um inquérito bastante simples, no qual terão de indicar os produtos agroalimentares que oferecem habitualmente e respetivas características, assim como previsões de quantidade – informações que serão depois confirmadas. Deste modo, para além de uma melhor definição do modelo da iniciativa, torna-se possível efetuar uma caracterização bastante abrangente da fileira agrícola do concelho, pelo que é fundamental a participação de todos os intervenientes para garantir o sucesso desta operação. Caberá depois à organização assegurar as condições logísticas, em respeito pela legislação do sector, assim como a promoção e dinamização destas atividades, contribuindo para a criação de uma marca global única de prestígio e qualidade natural.”
Fonte: Site da Câmara Municipal de Oleiros
Comentário:
Quando olhamos para a iniciativa “Os Quintais Praças do Pinhal” que a Pinhal Maior pretende promover com o apoio das Câmaras Municipais dos 5 concelhos que a integram (Mação, Oleiros, Sertã, Proença-a-Nova e Vila de Rei) ela parece, à primeira vista, meritória.
Contudo, a fazer fé no texto publicado no Site da Câmara de Oleiros, os objectivos que a Pinhal Maior se propõe alcançar com a iniciativa parecem excessivos, para não dizer megalómanos.
Com efeito, custa a acreditar que a colocação no mercado dos excedentes das produções agroalimentares familiares permita atrair “visitantes consumidores aos vários concelhos do Pinhal”, “Desenvolver progressivamente uma dinâmica empresarial geradora de riqueza e emprego local” ou “criando uma marca global de prestígio e passível de retorno turístico.”
É bom termos ambição quando nos abalançamos a um novo projecto. Mas quando essa ambição é demasiado grande, não raras as vezes esse é o primeiro passo para que ele acabe por correr mal.
Outra questão pertinente e que os Vereadores do PS já tiveram oportunidade de alertar o Executivo Camarário quando este, na reunião de Câmara da passada 4ª Feira aflorou o assunto, prende-se com a concorrência, de alguma forma “desleal”, que a realização dos mercados periódicos previstos poderá gerar para os comerciantes legalmente instalados.
Os poucos clientes que já povoam estes concelhos e a acentuada redução do seu poder de compra, bem como a feroz concorrência gerada pelo sector da grande distribuição já causam suficientes “dores de cabeça” aos comerciantes de Mação e dos restantes concelhos do Pinhal. Se, em cima desta situação cada vez mais difícil de gerir, ainda tiverem de confrontarem-se com os produtores que surjam nestes mercados a vender os seus produtos…
Entendemos que esta questão merece ponderação. Sob pena de, ao procurar-se resolver um problema, se acentuar outro.
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