Nos últimos tempos tem vindo a assistir-se a uma quebra, que já é bem perceptível, nas deslocações ao Concelho por parte dos conterrâneos que vivem fora dele.
Muitos dos que vinham à “terra” todos os fins-de-semana passaram a vir de quinze dias ou de três em três semanas; e os que vinham de quinze em quinze dias passaram a fazê-lo apenas uma vez por mês.
O elevado nível do desemprego, a existência de menos dinheiro no bolso, o agravamento do preço dos combustíveis e das portagens, em suma, a grave crise que atravessamos, retiram a “vontade” ao que vivem fora de fazerem largas dezenas ou centenas de quilómetros para se deslocarem à terra natal com a regularidade com que o faziam anteriormente. Por muito que isso lhes custe.
Esta é uma situação que está a ocorrer na generalidade dos concelhos do interior, nomeadamente naqueles que se encontram mais afastados dos grandes centros urbanos.
É muito difícil, para não dizer impossível, os municípios lutarem contra esta quebra nas visitas provocada pela malfadada crise. Apenas lhes resta aguardar que o vendaval passe, o que não é previsível que aconteça nos tempos mais próximos.
Com a crise a persistir e com a resistência das pessoas a esvair-se pouco a pouco (aquelas que ainda a vão tendo), podermos, até, assistir ao agudizar desta situação.
E com isto, quem fica a perder é o Concelho. Menos visitas significam menos vida (e ela já é suficientemente reduzida), menos recursos captados e, consequentemente, menos desenvolvimento.
Este tema leva-nos a outra questão, onde, aí sim, devem ser assacadas responsabilidades a quem tem governado o Concelho. Falamos do pouco que foi feito, ao longo destes últimos anos, para reforçar a ligação ao Concelho daqueles que vivem fora.
Descontando a situação especial que agora vivemos, é cada vez mais notório o distanciamento e alheamento do Concelho por parte de muitos que vivem fora. Este problema, pelo facto de atingir fundamentalmente a geração mais nova, torna ainda mais sombrio o futuro de Mação.
Se não houver capacidade para intervir rapidamente junto dos mais jovens, motivando-os e despertando-lhes o interesse pelo Concelho, ao ponto deles o visitarem mais vezes, a situação tornar-se-á irreversível a médio prazo. Se esta geração “escapar”, já não será possível “agarrar” a seguinte.
Surpreende-nos, por isso, que ao longo dos anos não tenha sido desenvolvida qualquer estratégia no sentido de tentar suster, ou até mesmo inverter, esta quebra de ligação.
Faria todo o sentido já ter desenvolvido uma estratégia concertada junto daqueles que vivem fora, envolvendo a Autarquia, as Juntas de Freguesia e as Associações, suportada num conjunto de iniciativas mobilizadoras a realizar ao longo do ano e numa comunicação apelativa, inovadora e segmentada.
Se tivéssemos responsabilidade na gestão do Concelho era isso que teríamos feito. Não a tendo, resta-nos deixar o alerta. Que, por certo, irá cair em saco roto, como muitos outros.
Mas temos de nos resignar. “Eles” estão lá para dar cumprir o seu programa eleitoral…
Muitos dos que vinham à “terra” todos os fins-de-semana passaram a vir de quinze dias ou de três em três semanas; e os que vinham de quinze em quinze dias passaram a fazê-lo apenas uma vez por mês.
O elevado nível do desemprego, a existência de menos dinheiro no bolso, o agravamento do preço dos combustíveis e das portagens, em suma, a grave crise que atravessamos, retiram a “vontade” ao que vivem fora de fazerem largas dezenas ou centenas de quilómetros para se deslocarem à terra natal com a regularidade com que o faziam anteriormente. Por muito que isso lhes custe.
Esta é uma situação que está a ocorrer na generalidade dos concelhos do interior, nomeadamente naqueles que se encontram mais afastados dos grandes centros urbanos.
É muito difícil, para não dizer impossível, os municípios lutarem contra esta quebra nas visitas provocada pela malfadada crise. Apenas lhes resta aguardar que o vendaval passe, o que não é previsível que aconteça nos tempos mais próximos.
Com a crise a persistir e com a resistência das pessoas a esvair-se pouco a pouco (aquelas que ainda a vão tendo), podermos, até, assistir ao agudizar desta situação.
E com isto, quem fica a perder é o Concelho. Menos visitas significam menos vida (e ela já é suficientemente reduzida), menos recursos captados e, consequentemente, menos desenvolvimento.
Este tema leva-nos a outra questão, onde, aí sim, devem ser assacadas responsabilidades a quem tem governado o Concelho. Falamos do pouco que foi feito, ao longo destes últimos anos, para reforçar a ligação ao Concelho daqueles que vivem fora.
Descontando a situação especial que agora vivemos, é cada vez mais notório o distanciamento e alheamento do Concelho por parte de muitos que vivem fora. Este problema, pelo facto de atingir fundamentalmente a geração mais nova, torna ainda mais sombrio o futuro de Mação.
Se não houver capacidade para intervir rapidamente junto dos mais jovens, motivando-os e despertando-lhes o interesse pelo Concelho, ao ponto deles o visitarem mais vezes, a situação tornar-se-á irreversível a médio prazo. Se esta geração “escapar”, já não será possível “agarrar” a seguinte.
Surpreende-nos, por isso, que ao longo dos anos não tenha sido desenvolvida qualquer estratégia no sentido de tentar suster, ou até mesmo inverter, esta quebra de ligação.
Faria todo o sentido já ter desenvolvido uma estratégia concertada junto daqueles que vivem fora, envolvendo a Autarquia, as Juntas de Freguesia e as Associações, suportada num conjunto de iniciativas mobilizadoras a realizar ao longo do ano e numa comunicação apelativa, inovadora e segmentada.
Se tivéssemos responsabilidade na gestão do Concelho era isso que teríamos feito. Não a tendo, resta-nos deixar o alerta. Que, por certo, irá cair em saco roto, como muitos outros.
Mas temos de nos resignar. “Eles” estão lá para dar cumprir o seu programa eleitoral…
1 comentário:
A questão não é de captar pessoas para continuarem a 'visitar' esta terra, mas sim fixarem os jovens que cá estão, estudam, e vão-se embora, pois não há nada para os agarrar aqui. O problema é mesmo esse..o resto virá por acréscimo. Acho que qualquer pessoa gostava de viver cá, em vez de Lisboa, mas sem trabalho, não é possível. Mas sinceramente, acho que ninguém se rala muito com isso. Deste que lhes caia o deles no bolso, o resto é treta, como se costuma dizer..
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