quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

É errado menosprezar a opinião dos outros

O Governo pretende reduzir o número das Comunidades Intermunicipais e, por esse facto, o assunto tem vindo a ser discutido nas mesmas e nas autarquias que as integram.

No caso da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), da qual fazem parte Mação e mais outros 10 municípios, chegou a ser aprovada uma proposta para que ocorresse a sua junção com a Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior Sul (Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei) e com a Comunidade Intermunicipal da Beira Interior (3 dos seus municípios: Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão).

Entretanto, por força da recusa de Ourém em integrar a nova Comunidade Intermunicipal, a CIMT recuou na decisão inicial. Aguarda-se agora que o Governo “diga de sua justiça” sobre o processo de agregação das Comunidades Intermunicipais.

Perante um assunto relevante e estratégico para o Concelho, não é aceitável que o Executivo Camarário tenha assumido posições na CIMT sem previamente o ter trazido a uma reunião de Câmara para análise e discussão.

O assunto apenas foi aflorado na reunião de Câmara de 26 de Dezembro por iniciativa dos Vereadores do PS, já depois do processo se ter desenrolado conforme descrito nos parágrafos anteriores.

O fraco argumento utilizado pelo Executivo Camarário para não ter apresentado o assunto em reunião de Câmara é que, não estando em causa a mudança de Mação para outra Comunidade Intermunicipal, entendeu não ser o mesmo suficientemente relevante ao ponto de considerar oportuno ouvir os argumentos dos Vereadores do PS.

Num Concelho pequeno como o nosso, onde existe cada vez menos massa crítica, seria bom que o Executivo Camarário se consciencializasse da importância de ouvir todas as vozes (mesmo as que por vezes são mais dissonantes), nomeadamente quando estão em jogo interesses estratégicos do Concelho.

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