O Executivo Camarário aprovou, com os votos contra dos Vereadores do PS, o Relatório de Actividades e Prestação de Contas da Câmara referentes ao ano de 2012.
Se existe documento cuja apresentação não gera qualquer expectativa, quer quanto à sua forma como quanto ao seu conteúdo, as Contas anuais da Autarquia é um deles.
Ano após ano, assiste-se à mesma política e repete-se o mesmo nível de despesa corrente. Com algum exagero poderá dizer-se que, se o Executivo Camarário trocasse o documento de 2012 pelo de 2011 ou pelo de 2010, poucos dariam pela troca.
Quem desconheça a realidade do Concelho e leia o documento, é levado a concluir que, de uma forma geral, tudo “corre sobre rodas”. Da educação à cultura, do associativismo à acção social, do desenvolvimento económico ao turismo, da águas e saneamento às obras municipais, da juventude à promoção do Concelho.
Esse discurso “positivo” do Executivo Camarário esgota-se quase sempre nas palavras porque, relativamente a muitas áreas de actuação, o documento não nos dá a conhecer resultados objectivos que fundamentem essa posição. Valem-nos os olhos na cara para, olhando para a realidade, facilmente percebermos que muito daquilo que o Executivo Camarário nos procura “vender” não é bem assim, ou está mesmo longe de ser assim.
Em cima disto, há o despesismo a que o Executivo Camarário não quer por cobro. De ano para ano a despesa mantêm-se a um nível elevado: em 2012 cerca de 77% das despesas realizadas (cerca de 6,5 milhões de euros) foram afectas à gestão corrente.
Nem toda a despesa corrente é má, e também é um facto que alguma desta despesa corrente deveria, na prática, ser considerada despesa de investimento, em virtude da Câmara realizar algumas obras com recurso a meios humanos e materiais próprios.
Contudo, mesmo descontando estes factos, há desperdícios ainda significativos de dinheiro decorrentes de decisões desajustadas e de uma gestão pouco eficiente dos recursos humanos e materiais que a Autarquia dispõe.
Seria fundamental que o Executivo Camarário encetasse uma redução sustentada da despesa corrente, de modo a libertar recursos para fazer face ao muito que ainda há por realizar no domínio do bem-estar das pessoas e para apostar num maior desenvolvimento do Concelho. Mas, se não o fez ao longo destes anos, por certo não o fará daqui por diante. E, desta forma, muitos munícipes continuarão a ver arrastada a resolução dos seus problemas.
De positivo há a registar o facto da Autarquia apresentar uma situação financeira equilibrada e um nível de endividamento aceitável. Um facto que sendo relevante, não consegue apagar o mau desempenho em várias outras áreas da gestão camarária.
Se existe documento cuja apresentação não gera qualquer expectativa, quer quanto à sua forma como quanto ao seu conteúdo, as Contas anuais da Autarquia é um deles.
Ano após ano, assiste-se à mesma política e repete-se o mesmo nível de despesa corrente. Com algum exagero poderá dizer-se que, se o Executivo Camarário trocasse o documento de 2012 pelo de 2011 ou pelo de 2010, poucos dariam pela troca.
Quem desconheça a realidade do Concelho e leia o documento, é levado a concluir que, de uma forma geral, tudo “corre sobre rodas”. Da educação à cultura, do associativismo à acção social, do desenvolvimento económico ao turismo, da águas e saneamento às obras municipais, da juventude à promoção do Concelho.
Esse discurso “positivo” do Executivo Camarário esgota-se quase sempre nas palavras porque, relativamente a muitas áreas de actuação, o documento não nos dá a conhecer resultados objectivos que fundamentem essa posição. Valem-nos os olhos na cara para, olhando para a realidade, facilmente percebermos que muito daquilo que o Executivo Camarário nos procura “vender” não é bem assim, ou está mesmo longe de ser assim.
Em cima disto, há o despesismo a que o Executivo Camarário não quer por cobro. De ano para ano a despesa mantêm-se a um nível elevado: em 2012 cerca de 77% das despesas realizadas (cerca de 6,5 milhões de euros) foram afectas à gestão corrente.
Nem toda a despesa corrente é má, e também é um facto que alguma desta despesa corrente deveria, na prática, ser considerada despesa de investimento, em virtude da Câmara realizar algumas obras com recurso a meios humanos e materiais próprios.
Contudo, mesmo descontando estes factos, há desperdícios ainda significativos de dinheiro decorrentes de decisões desajustadas e de uma gestão pouco eficiente dos recursos humanos e materiais que a Autarquia dispõe.
Seria fundamental que o Executivo Camarário encetasse uma redução sustentada da despesa corrente, de modo a libertar recursos para fazer face ao muito que ainda há por realizar no domínio do bem-estar das pessoas e para apostar num maior desenvolvimento do Concelho. Mas, se não o fez ao longo destes anos, por certo não o fará daqui por diante. E, desta forma, muitos munícipes continuarão a ver arrastada a resolução dos seus problemas.
De positivo há a registar o facto da Autarquia apresentar uma situação financeira equilibrada e um nível de endividamento aceitável. Um facto que sendo relevante, não consegue apagar o mau desempenho em várias outras áreas da gestão camarária.
2 comentários:
"Nem toda a despesa corrente é má, e também é um facto que alguma desta despesa corrente deveria, na prática, ser considerada despesa de investimento, em virtude da Câmara realizar algumas obras com recurso a meios humanos e materiais próprios."
Negrito, não?
Sim, neste concelho há os negritos e os branquitos. Eu sou dos negritos. E o Anónimo é dos quais? Não precisa responder porque a resposta é evidente...
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