quinta-feira, 29 de julho de 2010

Quem vai para a piscina, avia-se em terra

O Bar das piscinas descobertas não irá funcionar este Verão, por não ter surgido ninguém interessado na sua exploração.

Assim, os frequentadores das piscinas que pretendam beber uma garrafa de água ou comer uma sandes ficam impedidos de o fazer, a não ser que venham para a piscina já “aviados” de fora. O que, convenhamos, nem sempre dá muito jeito.

Segundo o Executivo Camarário, não obstante a Câmara ter contactado, como em anos anteriores, os estabelecimentos de bebidas do concelho, nenhum se mostrou interessado na exploração do Bar.

Com regularidade vão surgindo sinais de falta de vitalidade e dinamismo do concelho. A inexistência de interessados na exploração do Bar das piscinas é mais um desses sinais, ainda que pouco expressivo.

Por outro lado, a Câmara não pode obrigar ninguém a explorar o Bar, mas podia e devia ter afixado na recepção um papel a informar do facto, para que ninguém seja surpreendido com a inexistência de Bar quando já está dentro do complexo de piscinas.

Costuma dizer-se que “quem vai para o mar avia-se em terra”. Em Mação o ditado faz sentido, apenas com uma pequena nuance: não havendo mar, aplica-se às piscinas descobertas.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A mobilidade reduzida ficou esquecida

A Câmara de Mação construiu uma escada no muro do Largo da Feira, em frente à Clínica Médica Manuel Saldanha.

A ideia é boa, na medida em que permite, a quem por ali passe, nomeadamente aos que se deslocam entre a referida clínica ou o Centro de Saúde e o centro da vila ou a zona do Calvário, atalhar caminho pelo meio do Largo. Além disso, na altura das Feiras, dá jeito a feirantes e visitantes.


Mas ao não construir igualmente uma rampa de acesso, a Câmara esqueceu-se das pessoas com problemas de mobilidade, aquelas a quem dá mais jeito que o caminho seja tão curto quanto possível. Que, deste modo, vão ter, como até aqui, de circundar o muro, um caminho mais longo.

Nos dias que correm há recomendações claras para que se acautele sempre as necessidades dos que, por uma razão ou outra, têm dificuldade em movimentarem-se. E mesmo que não as houvesse, o facto de Mação ter uma população predominantemente idosa, justificava, por si só, essa preocupação.

A Câmara esqueceu-se de construir a rampa de acesso ou, então, não a considerou importante. Qualquer que tenha sido a razão, não procedeu da melhor maneira.

Quem apregoa “em alto e em bom som” grandes preocupações sociais não pode depois falhar desta maneira, ainda que se trate apenas de uma pequena rampa.

Mas, como diz o velho ditado, “olhem para o que eu digo, não olhem para o que eu faço”.

Contudo, a Câmara está sempre a tempo de corrigir a falha. E esperemos que o faça.

domingo, 25 de julho de 2010

Loteamento do "Campo da Bola" em Envendos

Sobre a aquisição pela Câmara do Loteamento “Campo da Bola” em Envendos, os Vereadores do PS apresentaram a Declaração de Voto que a seguir se transcreve.

Na reunião de Câmara de 30/06/2010 o Sr. Presidente da Câmara e os Srs. Vereadores com pelouros atribuídos apresentaram uma proposta de aquisição, pela Câmara Municipal, do loteamento “Campo da Bola – Envendos”, com os fundamentos e nas condições a seguir descritos:

1) A urbanização é composta por 12 lotes, dos quais o seu promotor vendeu 3;

2) Embora sendo o alvará de loteamento de 1989, o titular da urbanização nunca efectuou as correspondentes obras de abertura e pavimentação de um arruamento (Rua A), de pavimentação de uma azinhaga existente e das redes de águas, esgotos e electricidade;

3) Dos 3 lotes que já foram vendidos:

- Um já se encontra construído (Lote 1);

- Outro (Lote 9) confina com a estrada do Vale da Mua e possui condições para construção idênticas ao Lote 1;

- O Lote 2, que se situa a poente do Lote 1, não confina com qualquer arruamento e, por isso, não dispõe condições de acesso;

4) O proprietário do Lote 2 pretende aí construir uma casa e, por esse motivo, tem pressionando o promotor para que este cumpra as condições inerentes ao processo de loteamento, a fim de que lhe seja passada a licença de construção;

5) O promotor, segundo o Executivo Camarário, reclama que não tem condições financeiras para executar as obras necessárias e obrigatórias à conclusão do loteamento. E, por via disso, propõe que a Câmara efectue as obras do loteamento, recebendo em troca os 9 lotes ainda disponíveis no loteamento;

6) O orçamento, efectuado pela Câmara, para conclusão da urbanização importa em € 146.905,09;

7) O Sr. Presidente e os Srs. Vereadores com pelouros atribuídos mostram-se receptivos para viabilizarem o negócio proposto.

Analisando o exposto, os Vereadores do PS, entendem o seguinte:

1) A propriedade, objecto do loteamento, tem uma área aproximada de 12.750 m2;

2) O proprietário, com base na sua vontade e, numa perspectiva de obtenção de mais-valias, entenda-se lucro, lançou sobre na sua propriedade uma operação de loteamento;

3) Segundo informações locais, exceptuando o Lote 1, que já foi vendido e construído há cerca de 20 anos, os outros 2 lotes foram comercializados por um valor próximo dos € 30.000. Nesta perspectiva, estima-se que a verba arrecadada pela venda dos 3 lotes andará pelos € 40.000. O que significa que o proprietário, sem efectuar as obras, já realizou um valor que, em nosso entendimento, é superior ao da propriedade;

4) Face ao orçamento apresentado para conclusão das obras, o que a Câmara se propõe fazer, na realidade, é assumir o ónus dum negócio ruinoso, promovido por um particular, que para além de se livrar do “problema”, se atendermos ao valor da propriedade e aos valores realizados com a venda dos três lotes, ainda acabou por realizar mais-valias;

5) Para uma total transparência e boa gestão dos dinheiros públicos a viabilização do “negócio” deveria ter em consideração 2 aspectos:

a) Que em Envendos existe um défice de terrenos para construção, o que não parece ser real, uma vez que este loteamento em 20 anos apenas vendeu 3 lotes;

b) Que o valor despendido com a operação de urbanização era vantajoso para a Câmara, o que também não parece real, face à procura do produto em causa e ao custo médio por lote ser de € 16.300, tomando por base o orçamento dado pela própria Câmara, o que equivale a cerca de € 15/m2;

6) Neste processo a actuação da Câmara não foi a mais adequada, nomeadamente porque:

a) Não assegurou o interesse público, na medida em que:

- Não exigiu uma garantia de boa execução do loteamento aquando do seu licenciamento, que agora a salvaguardaria desta situação;

-Deixou arrastar este processo durante 20 anos, sem que tenha desencadeado qualquer dos mecanismos que a lei lhe confere e que lhe teriam permitido, em devido tempo, regularizar a situação;

b) Não actuou de forma a assegurar o interesse dos promitentes-compradores dos lotes, que sem terem qualquer responsabilidade nesta situação, se têm visto impedidos de obtenção da licença de construção;

7) Para salvaguarda dos actuais proprietários dos 3 lotes, é fundamental que a Câmara Municipal resolva esta situação quanto antes, mas, no interesse da boa gestão dos dinheiros públicos, deverá fazê-lo responsabilizando o promotor pelos custos com a urbanização do loteamento, recorrendo aos mecanismos que a lei lhe permite, e não ser ela a assumir esses custos.

Em face do exposto, e porque a solução preconizada pelo Executivo Camarário não só não apresenta qualquer vantagem para a Câmara Municipal como, inclusive, pode vir a ser penalizadora, os Vereadores do PS votam contra a proposta apresentada.Fim da Declaração de Voto


Conclusão

Os Vereadores do PS entendem que o Executivo Camarário realizou um mau negócio quando se propôs realizar as obras de urbanização do loteamento, orçadas, pela própria Câmara, em € 146.905,09, recebendo em contrapartida os 9 lotes de terreno, com uma área total de 9.956 m2, ainda não vendidos.

Quem fica de imediato e objectivamente a ganhar é o ainda proprietário do loteamento, que já tendo realizado mais-valias estimadas em cerca de € 40.000, com a venda dos 3 lotes, se vê livre do problema da realização das infra-estruturas da urbanização.

O Executivo Camarário deixou correr o tempo e só em “desespero de causa” agiu para tentar resolver o problema dos compradores de dois lotes que, pretendendo aí construir habitações, estão impedidos de o fazer por falta de realização das infra-estruturas da urbanização. E assim, a Câmara, a pretexto de solucionar um problema que ela não resolveu em devido tempo, envolve-se numa operação prejudicial para os cofres da autarquia.

Nos terrenos que adquiriu na Zona Industrial das Lamas o Executivo Camarário também poderia ter recorrido a mecanismos legais para ficar na posse dos mesmos. Não o fez e, em consequência disso, pagou quase 2,5 vezes mais do que aquilo que eles valiam.

Agora, embora num enquadramento distinto, digamos que a história se repete. O mínimo que pode dizer-se é que o Executivo Camarário tem uma má relação com as urbanizações. E, por via disso, quem perde é o concelho.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Reunião de Câmara de 28 de Julho

Ordem de Trabalhos

1) Apreciação de correspondência recebida;

2) Discussão e votação da 4ª Alteração Orçamental para o Ano de 2010;

3) Projectos a financiar com o empréstimo aprovado pela Câmara;

4) Apreciação de requerimentos e pedidos de licenciamento de obras particulares;

5) Outros assuntos.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Viagens na Minha Terra …

É difícil a vida de autarca
Até excursões tem de acompanhar
Chega-se ao fim do mandato
Cansado de tanto viajar

Neste Mundo tão complexo
De passagem itinerante
Cada qual deixa a sua marca
Nem que seja a de viajante

É um percurso pedagógico
Aquele que se apanha
Deixa-se para trás Portugal
Avança-se por dentro de Espanha

A viagem é muito linda
Parece uma dádiva dos Céus
Alcançam-se Terras Gaulesas
Ao atravessar os Pirinéus

Já no Centro da Europa
Segue-se em grande ripanço
Mas que bela vida esta
Que bons dias de descanso

Antes de chegar ao destino
Ainda se visitam terras de reis e jograis
No regresso escolhe-se outro caminho
Para o passeio render mais

Com os tempos que se aproximam
Nomear novo guia será lógico
Já se pensa testar a alteração
Numa viagem ao Zoológico

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Indo eu, indo eu, a caminho ... da Europa

Alguns jovens do concelho iniciaram hoje a já habitual viagem à Europa promovida pela Câmara Municipal.

Trata-se de uma boa iniciativa da autarquia, porque é importante que os nossos jovens contactem com outras pessoas, outras culturas e outras realidades.


O que já não faz sentido é o Dr. Saldanha Rocha, mais uma vez, retirar 13 dias à governação do concelho para acompanhar os nossos jovens.

Poderia compreender-se que, um ano ou outro, o Dr. Saldanha Rocha fizesse o acompanhamento da viagem. O problema é que, desde que assumiu a presidência da Câmara, em nenhum ano ele abdicou de o fazer. E assim, só à conta destas viagens, já totaliza mais de 100 dias (!) fora do concelho.

O Dr. Saldanha Rocha deverá ser dos poucos presidentes de câmara que se dá ao luxo de, todos os anos, se ausentar 2 semanas do seu concelho para acompanhar um grupo de jovens numa viagem à Europa.

Se o Presidente da República ou o 1º Ministro adoptassem uma atitude idêntica à do Dr. Saldanha Rocha, seria vê-los, por exemplo, a acompanhar a selecção nacional durante toda a sua estadia na África do Sul aquando do mundial de futebol ou, mais recentemente, a selecção de futebol de praia.

É claro que a Câmara Municipal deve assegurar um acompanhamento e um enquadramento adequados durante a viagem, para que esta decorra sem problemas e os jovens a possam desfrutar da melhor maneira. Mas isso poderia e deveria ser feito por técnicos da Câmara, a não ser que o Dr. Saldanha Rocha e os membros do seu Executivo Camarário considerem que não existe mais ninguém, para além do próprio Dr. Saldanha Rocha, com competência para servir de guia turístico.

Muitos dos problemas de Mação não são fruto da sua interioridade. Decorrem, isso sim, de uma visão paroquial que, em diversos domínios, os membros do Executivo Camarário têm sobre o que é a governação de um concelho.

Mas, ou muito nos enganamos, ou não tardará que o Dr. Saldanha Rocha delegue noutrem a missão de viajante. Cá estaremos para ver.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ajustes Directos efectuados pela Câmara em 2010

Durante o corrente ano o Executivo Camarário realizou 23 Ajustes Directos na aquisição de bens ou serviços, no valor aproximado de € 750.000, a saber:

- Siq, Lda: Fornecimento de produtos químicos para o tratamento de água das piscinas - € 9.579,60

- Iveco, SA: Aquisição de autocarro de 27 passageiros - € 87.844,67

- Círculo Estreito, Lda: Serviços de gestão no Complexo das Piscinas Municipais - € 21.480,00

- João Serras, Lda: Fornecimento de pneus e recauchutagem em 2010 - € 72.000,00

- João Serras, Lda: Fornecimento lubrificantes em 2010 - € 15.373,17

- ITS Ibérica: Fornecimento de tinteiros e toners em 2010 - € 19.005,94

- Cepsa, SA: Fornecimento de massa asfáltica em 2010 - € 63.000,00

- Il Pittore Italiano, Lda: Aulas de pintura em 2010 - € 12.960,00

- Irmãos Costa, Lda: Transporte de britas das Minas da Panasqueira em 2010 - € 37.500,00

- Miraterraplanagens, Lda: Fornecimento de areia do rio em 2010 - € 10.500,00

- Patrimart, Lda: Fornecimento de artefactos de cimento em 2010 - € 16.073,80

- Saneabi, SA: Fornecimento de tubos e acessórios em pvc em 2010 - € 20.451,12

- MVDO, Lda: Elaboração de projectos de arruamento para Cardigos - € 10.750,00

- Gracinda Jesus Silva & Fºs, Lda: Fornecimento de infra-estruturas eléctricas para iluminação pública - € 41.060,19

- Construções J.J.R. & Fºs, SA: Fornecimento de 3.800 toneladas de massa asfáltica - € 131.920,00

- João Brízida – Artes Gráficas, Lda: Instalação e manutenção durante 1 ano de 30 porta estandartes - € 13.860,00

- Maxicópia, Lda: Fornecimento de serviços de cópia e impressão - € 2.825,64

- Lobato & Silva, Lda: Fornecimento de serviços de transporte em 2010 - € 71.800,00

- Zona B, Lda: Espectáculos dos Deolinda e de José Cid na Feira Mostra de 2010 - € 38.500,00

- Alen-Art, Lda: Espectáculo dos D´Zrt na Feira Mostra de 2010 - € 23.750,00

- Pirotécnica Oleirense, Lda: Espectáculo de fogo de artifício na Feira Mostra de 2010 - € 7.500,00

- Manuquímica, Lda: Fornecimento de herbicida sistémico em 2010 - € 9.375,00

- Metalomecânica Soares Rodrigues & Irmão, Lda: Fornecimento de 2 teepees para o Parque de Campismo da Ortiga - € 7.000,00

Se a natureza e o valor de alguns destes Ajustes Directos são compreensíveis, outros há que nos parecem desproporcionados e penalizadores para os cofres da autarquia, nomeadamente porque o método de contratação utilizado pela Câmara Municipal está longe de ser o mais adequado.

Pelo facto, os Vereadores do PS apresentaram, numa das últimas reuniões de Câmara, a seguinte Declaração:

Declaração

Sobre os ajustes directos efectuados pela Câmara, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 18/2008 de 29 de Janeiro, Código dos Contratos Públicos (CCP), os Vereadores do Partido Socialista após os esclarecimentos que lhes foram prestados na reunião de 09 de Junho de 2010, entendem fazer a seguinte declaração:

1) Tal como foi afirmado e consta da Acta da reunião os Vereadores do PS ficaram esclarecidos quanto aos procedimentos adoptados, por regra, pela Câmara de Mação nos ajustes directos.

2) Contudo, entendem que o procedimento não é ajustado à clareza e ao interesse público pelos seguintes motivos que a seguir se indicam.

a) Como a Câmara conduz o processo

É efectuada uma consulta informal, solicitando proposta a vários fornecedores, antes de ser posto em “andamento” o processo de ajuste directo;

Após receber as propostas é iniciado o processo de ajuste directo, recorrendo à “repescagem” da proposta de menor valor resultante da consulta descrita em 1. A partir daqui são seguidos os critérios normais previstos na legislação.

b) Como entendemos que deverá ser conduzido o processo

O processo de ajuste directo deverá ser iniciado com a consulta formal (não informal, como é feito) aos vários fornecedores, devendo o convite indicar: i) se as propostas apresentadas serão objecto de negociação e, em caso afirmativo quais os aspectos da execução do contrato a celebrar que a entidade adjudicante não está disposta a negociar; ii) se a negociação decorrerá, parcial ou totalmente, por via electrónica e os respectivos termos; iii) O critério de adjudicação e os eventuais factores e sub factores a levar em linha de conta:
- Negociação das propostas (Artº 118º a 120º) se for caso disso;
- Relatório preliminar (Artº 121º);
- Audiência prévia (Artº 123º);
- Relatório final (Artº 124º);
- Adjudicação

c) Justificação do procedimento que defendemos

A não existência de um acto formal de abertura das propostas deixa em aberto a possibilidade de um tratamento diferenciado perante os concorrentes ou consultados.

No procedimento por nós proposto esse problema não se põe, porque existe um conjunto de actos que garantem igualdade e imparcialidade entre os concorrentes e, no final, a Câmara terá a melhor proposta para adjudicação.

3) Em conclusão, os Vereadores do PS consideram que quando se recorre ao ajuste directo, seja qual for a sua finalidade (aquisição de bens, serviços, obras, …), é muito mais vantajoso para o erário municipal recorrer à consulta a vários fornecedores, já com o procedimento aberto, e não como vem sendo feito, de só abrir o procedimento após efectuar as consultas.

domingo, 11 de julho de 2010

Feira Mostra: podia e devia fazer-se melhor

Decorreu no fim-de-semana de 2, 3 e 4 de Julho mais uma edição da Feira Mostra de Mação, a qual, pode dizer-se, que não trouxe nada de novo relativamente às anteriores.

Esta 17ª edição foi igual à 16ª, que por sua vez em nada diferiu da 15ª, e por aí fora. Encontramos sempre a Feira com mesma disposição no espaço, os mesmos stands, o mesmo comboio a percorrer a vila, o mesmo tipo de espectáculo musical, o mesmo fogo-de-artifício.

Ano após ano, a Feira Mostra não apresenta nada de inovador, alguma coisa que consiga surpreender pela positiva aqueles que a visitam.


Podia e devia fazer-se melhor, mas não é esse o entendimento do Executivo Camarário. E como para os seus membros a maioria lhe dá sempre razão…

Com o mesmo orçamento não era difícil fazer coisas diferentes que, não só criariam nos visitantes a sensação de novidade, como ajudariam a Feira Mostra a crescer e os restaurantes e stands que nela participam a retirar maiores proveitos.


Como se isto não baste, cometem-se erros crassos:

1) Porquê “atirar” as bandas de rock para uma noite de 5ª Feira, sabendo-se de antemão que elas iriam tocar “pró boneco”? Não fazia mais sentido colocá-las a actuar nas noites de 6ª Feira e / ou de Sábado, depois de terminado o espectáculo musical? Era melhor para a Feira que prolongava a animação pela noite dentro, era melhor para os “putos do rock”, que contavam com a presença de público e era melhor para os stands e para a área de restauração porque poderiam fazer mais negócio.

2) Porquê continuar a dispor a área da restauração de “costas viradas” para a zona onde decorrem os espectáculos musicais? Não seria preferível dispô-la de forma a permitir que as pessoas pudessem assistir aos espectáculos sentadas, enquanto bebiam uma cerveja ou uma água? Não só se tornava mais cómodo para alguns, como permitia às associações aumentar o seu negócio.


3) Porquê colocar as marchas a actuar às 17 horas, sob um sol abrasador e com pouco público a assistir? É um facto que ninguém podia adivinhar que iriam estar quase 40 graus. Mas ainda que a temperatura não fosse tão alta, faz sentido fazer desfilar numa tarde quente de Verão umas dezenas de pessoas, muitas delas crianças, jovens e alguns “já entrados” na idade? E ainda pior estiveram os músicos, parados em cima de um palco sem quaisquer condições, a aguentar aquele calor abrasador.

4) Porquê não introduzir na Feira novos espectáculos, em vez de se apostar sempre no mesmo tipo de espectáculo musical. Entre tanta variedade de espectáculos de qualidade que por aí existe, não seria difícil escolher.

5) Porquê não ter sido feita a divulgação da Feira Mostra em muitas aldeias do concelho, ao invés do que aconteceu na vila, local que menos precisava e que foi inundado de propaganda?

6) Estamos em pleno Verão. E, por sinal, no fim-de-semana da Feira Mostra o calor apertou. Mas, paredes meias com a Feira, as piscinas descobertas ainda continuavam encerradas. Como se explica que, no fim-de-semana de Verão em que se regista um maior afluxo de gente a Mação, isto aconteça? Que sentido faz programar a abertura das piscinas para depois da Feira?


Mesmo sem grande acréscimo de meios, não era difícil fazer uma Feira Mostra melhor. Difícil é, isso sim, entender o modo de pensar e de actuar dos nossos governantes municipais.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Reunião de Câmara de 14 de Julho

Ordem de Trabalhos

1) Apreciação de correspondência recebida;

2) Apreciação de requerimentos e pedidos de licenciamento de obras particulares;

3) Pedido de esclarecimentos dos Vereadores do PS sobre licenciamento de construção de habitação no Vale de Grou;

4) Outros assuntos.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Logo que possível ou então, em tempo oportuno…

Todos conhecemos o significado das expressões “curto prazo, “médio prazo” ou “longo prazo”. E, como tal, quando alguém aplica uma delas a uma realização no futuro, conseguimos, com alguma facilidade, balizar no tempo a sua concretização.

O mesmo já não acontece com uma expressão utilizada frequentemente pelos membros do Executivo Camarário, quando confrontados com as solicitações dos munícipes: “logo que seja possível”.

Os munícipes ouvem-na e são tentados a acreditar, pelo menos à primeira vez, que o “logo que seja possível” é “coisa para breve”. Mas, com frequência e muito rapidamente, acabam por concluir que a dita expressão é sinónimo de “longo prazo”, por vezes de “uma eternidade”. Que o digam, por exemplo, alguns habitantes S. José das Matas, que desde há 20 anos procuram ver no horizonte um sinal de que a reparação das suas ruas estará para breve.

Recentemente, talvez porque o “logo que seja possível” ameaça gastar-se, tal a frequência com que é utilizado, o Executivo Camarário inventou uma nova “pérola” para responder aos munícipes: a obra será realizada em tempo oportuno!

Não se espera que o Executivo Camarário, perante uma solicitação de um munícipe para que a Câmara proceda, por exemplo, à reparação de um estradão, lhe responda o dia exacto em que pretende ou pode levar por diante a obra. Mas o Executivo Camarário deve ter uma programação de obras e acções a desenvolver, que lhe permita estimar, com alguma margem de segurança, com que timing as pode concretizar.

O que não é aceitável é que, por regra, o Executivo Camarário não dê aos munícipes uma expectativa temporal mais precisa, deixando-os sem saber se o “logo que possível” ou “em tempo oportuno…” significa um mês, seis meses, um ano ou um prazo ainda maior.

Imagine-se um empresário do ramo do comércio que possui uma loja que vende nozes e o seguinte diálogo com um seu cliente:

- Cliente: Bom dia, tem nozes?

- Comerciante: Nozes agora não temos.

- Cliente: Que pena, quando é que acha que me as pode arranjar?

- Comerciante: Esteja descansado, logo que me seja possível arranjo-lhas!

Certamente que o empresário do comércio nunca daria esta resposta ao cliente. Porque, se o fizesse, sabia que não teria as portas do seu estabelecimento abertas por muito tempo.

Nesta situação, como em muitas outras, exige-se que um membro de um Executivo Camarário actue como um empresário do comércio.

Mas o Executivo Camarário “esquece” este princípio por uma simples razão: a Câmara Municipal não actua num ambiente concorrencial, ao contrário do que acontece com o empresário do comércio. Este sabe que, se der uma resposta destas ao cliente, ele vai comprar as nozes noutra loja. Mas o Executivo Camarário não tem esta preocupação porque sabe que o munícipe não pode recorrer a outra Câmara para lhe resolver o problema.

Ao utilizar frequentemente estas expressões o Executivo Camarário não só revela falta de programação da sua actividade, como demonstra igualmente alguma falta de consideração para com os munícipes.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

"Animação" fora de horas

A “Animação” lá vai contribuindo para que a Câmara gaste dinheiro desnecessariamente.

A Feira Mostra decorreu no fim-de-semana mas, a pequena Agenda, dedicada integralmente ao evento, apenas na 2ª Feira chegou à casa de alguns maçaenses residentes fora do concelho. Mesmo a tempo, portanto, deles programarem uma “visitinha” à Feira!!!

Será que isto faz algum sentido? Todos dirão, obviamente, que não.

Bem, todos não será bem o caso. Os membros do Executivo Camarário têm, por certo, um entendimento diferente porque, não obstante já terem sido alertados por diversas vezes para esta situação, continuam a insistir nela.

Mas como a maioria eleitoral lhes dá sempre e automaticamente razão, quem está errado são todos os que consideram que a Câmara “deita dinheiro para o lixo” quando envia a “Animação” já depois dos eventos terem ocorrido.

É a velha história do soldado com o passo trocado no meio do pelotão. Para os seus familiares que assistiam ao desfile quem ia com o passo trocado era o resto pelotão.

Será que os membros do Executivo Camarário também pensam que, no “pelotão maçaense”, todos os outros é que andam com o passo trocado?

terça-feira, 6 de julho de 2010

Eu é que sou o Presidente…

Venho aqui perguntar
Quando é que a obra é feita
Não consigo por lá passar
Porque a azinhaga é muito estreita

Dizemos-lhe como de costume
Duma forma muito credível
A obra há-de ser feita
Logo que seja possível…

Intervém a Oposição
Reclamando melhor programação
O Executivo levanta-se em coro
Dizendo que se procura agitação

Não interessa falar mais no assunto
Nem andar por aí reclamando
A obra só se faz daqui a um ano
Porque aqui sou eu que mando

Acho que está incorrecto
Não me deve assim falar
Pois agora já não se lembra
Quando me pediu para em si votar

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Despropositado e Prepotente

Despropositado e prepotente. É o mínimo que se pode dizer do modo infeliz com que o Sr. Presidente da Câmara, Dr. Saldanha Rocha, se dirigiu a um munícipe e aos Vereadores da Oposição, na reunião de Câmara pública de 30 de Junho de 2010.

Os factos ocorreram durante o período destinado ao público, após a intervenção do munícipe Sr. Fernando Nicolau, o qual reclamava a melhoria da acessibilidade numa rua da povoação de Rosmaninhal, onde possui uma casa. Este caso já tinha sido apresentado, pelo Sr. Fernando, noutras reuniões de Câmara, concordando sempre o Executivo com a necessidade de se proceder à pavimentação e drenagem do referido arruamento.

Contudo, a resposta / promessa dada ao munícipe pelo Executivo, tem sido sistematicamente a de um vago e que todos sabemos o que significa: “quando for possível, …”.

Olhando ao histórico do assunto, os Vereadores do PS intervieram para recomendar que as questões desta natureza deveriam merecer análise e programação, por parte da Câmara, para que os munícipes soubessem com o que poderiam contar, num determinado prazo.

De seguida o Sr. Presidente da Câmara reagiu de modo considerado despropositado e prepotente:

- Despropositado porque acusou os Vereadores do PS de estarem a falar daquele tema, só porque tinham palco. Ora, a Oposição está ali democraticamente eleita pelo Povo, tal como está o PSD na Assembleia da República, para cumprir o seu mandato e para isso, não necessita nem de “palco” nem da “licença”, de quem quer que seja, para expor os seus pontos de vista, quando tem a convicção de que o está a fazer no interesse dos munícipes, como era o caso;

- Prepotente porque dirigindo-se ao Sr. Fernando Nicolau, o advertiu que durante um ano não valeria a pena vir para ali falar daquele assunto, porque era esse o prazo que ele (presidente) estipulava para o efeito. Assim, uma vez que os Vereadores do PS queriam um prazo, o mesmo estava dado.

SEM COMENTÁRIOS!!!

PS:
Despropositado (*): 1. Que não vem a propósito, inoportuno; 2. Que não tem propósito, exagerado, desarrazoado; 3. Disparate, absurdo; 4. Coisa descomunal em qualidade ou em quantidade.
Prepotente (*): 1. Muito poderoso ou influente; 2. Que abusa do seu poder ou autoridade, despótico, …

* - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Afinal confirma-se que existem Ch(X)icos-espertos

No último VMT (Junho), veio publicado um texto da JSD/Mação, sob o título: “Mais do Mesmo”. Em determinado passo do texto, sem referir nomes (embora não seja preciso ser bruxo para adivinhar), é dito o seguinte: “A impunidade é tal que um qualquer Chico esperto que foi nomeado para a administração de uma empresa pública, sem ter a mínima capacidade (intelectual e curricular) para o cargo,...“

Recuemos a 31 de Agosto de 2006 e vejamos um extracto da entrevista que um munícipe de Mação deu a um Semanário, sob o título ““Atentados” em Mação”: “Incomoda-me que meia dúzia de xico-espertos esteja a arruinar os destinos da vila. …”

Na altura, o Executivo Camarário do PSD sentiu-se ofendido com o conteúdo da entrevista e accionou uma Acção Judicial, que obviamente perdeu, contra o autor da entrevista.

Ao longo do processo foram caindo sistematicamente os argumentos que sustentaram a tese apresentada pelos “ofendidos”, adivinhando-se o desfecho lógico dum processo sem pés nem cabeça e que trouxe custos económicos e financeiros para todos os envolvidos.

Por fim, já em desespero de causa, sabem qual era o grande argumento dos autores da Acção? O entrevistado ter insinuado que havia “xico-espertos”.

Agora, vem a JSD/Mação confirmar que, afinal, existem Chico espertos.