sábado, 27 de fevereiro de 2010

EM DEFESA DE UM RIO TEJO COM ÁGUA E COM VIDA

O Rio Tejo é uma das mais importantes riquezas naturais que o concelho de Mação possui. Faz por isso todo o sentido que o concelho se envolva na defesa e preservação deste bem inestimável, nomeadamente numa altura em que se sente que ele começa a estar profundamente ameaçado, muito por força da política de transvases praticada em Espanha, contrariando toda a legislação que, no âmbito da CEE, regulamenta o uso das águas dos rios internacionais.

Ciente desta ameaça que paira sobre o “nosso” rio, a bancada do PS na Assembleia Municipal, pela mão do seu membro João Matos Filipe, que por ser da Ortiga sente de uma forma mais intensa os problemas do rio que banha a sua terra, apresentou na reunião realizada no passado dia 22 de Fevereiro uma recomendação à Câmara de Mação para que adira ao PROTEJO – Movimento pelo Tejo.

O ProTEJO é um Movimento criado em 18 de Julho de 2009, em Vila Nova da Barquinha, que congrega várias autarquias ribeirinhas, associações ambientalistas e de outra índole (desportivas, piscatórias, culturais, etc), outras instituições de natureza diversa e cidadãos comuns.

Os objectivos do ProTEJO centram-se na defesa do Rio Tejo e dos seus afluentes de um conjunto de ameaças, nomeadamente, a descida do nível e da qualidade da água, as alterações no ecossistema e o assoreamento de algumas partes do rio.

A recomendação da bancada do PS mereceu um acolhimento favorável, pelo que se espera que a Câmara de Mação, que já deveria ter aderido antes a este importante Movimento de defesa do Rio Tejo, possa fazer a sua adesão em breve.


Texto da Recomendação apresentada pela Bancada do PS

Consciente de que a escassez de água e a falta de conservação do rio Tejo, que banha as aldeias e vilas ribeirinhas portuguesas, factos que se constatam nas descidas abruptas do nível da água, no acrescido assoreamento do leito do rio, na deterioração acentuada da qualidade da água, nos estragos causados em infra-estruturas fluviais que ficam a descoberto, na ausência de condições para a prática da pesca profissional e de lazer e de desportos náuticos, na inutilização de captações de água e nas preocupantes alterações do ecossistema face ao aumento da temperatura que resulta dos baixos caudais, como seja, a recente invasão de vegetação que vem eliminando a fauna com efeitos nefastos na pesca e na reprodução das próprias espécies piscícolas, na gastronomia e na economia local, o “Movimento Pelo Tejo”, designado abreviadamente como ProTEJO, nasceu tendo como objectivo o desenvolvimento de acções de mobilização de cidadãos na defesa e promoção da bacia hidrográfica do Tejo, nas vertentes ambiental, científica, cultural, social e patrimonial.

Este panorama do Rio Tejo com pouca água e essa mesma sem qualidade, tende a agravar-se porque o projecto de Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Tejo, em Espanha, não fixa caudais ecológicos na secção de Talavera de la Reina, pois a sua fixação implicaria o fim dos transvases do Alto Tejo a outras bacias e deixa, ainda, a porta aberta para um novo transvase de águas do Tejo Médio (rio Tiétar), já solicitado pelo presidente da Região de Múrcia e os regantes da bacia do Segura. Isto implicará uma redução do caudal do Tiétar e a consequente e importante redução do caudal do Tejo em Portugal.

Solidários no entendimento de que as populações ribeirinhas do rio Tejo de ambos os países (Portugal e Espanha) enfrentam problemas e preocupações comuns e de que a criação de redes de informação é o caminho para a construção da colaboração mútua entre si, com vista a defender o rio Tejo e seus afluentes, no âmbito do ProTEJO - Movimento Pelo Tejo, os representantes, das associações ambientalistas, desportivas, piscatórios, culturais, agro-pecuária, patronais, sindicais, comerciais, agricultores, políticos, autarquias, outras instituições e diversos cidadãos, acordaram nos seguintes nove pontos reivindicativos fundamentais e comuns:

1º - Defender a necessidade de uma gestão sustentável da bacia hidrográfica do Tejo;

2º - Requerer, junto da Comissão Europeia, o cumprimento da Directiva Quadro da Água;

3º - Exigir o estabelecimento e quantificação de caudais mínimos ecológicos diários, semanais e mensais, reflectidos nos Planos da Bacia Hidrológica do Tejo, em Espanha e em Portugal;

4º - Defender a monitorização do cumprimento permanente dos caudais ambientais;

5º - Recusar os transvases do Tejo e apoiar a investigação de alternativas sustentáveis, baseadas no uso eficiente da água;

6º - Exigir a concepção de um projecto com vista ao desassoreamento do rio Tejo e à sua navegabilidade;

7º - Exigir a qualidade e quantidade de água do rio Tejo e dos seus afluentes, no sentido de garantir os diversos usos;

8º - Realizar acções para ajudar a restaurar o sistema fluvial natural e o seu ambiente;

9º - Valorizar e promover a identidade cultural e social das populações ribeirinhas do Tejo.

Assim e a exemplo do que já se verifica com todos os Municípios da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, com os Municípios da Chamusca, Golegã e Santarém, com várias Juntas de Freguesia e diversas associações ambientalistas, de cultura e de desporto, porque o Rio Tejo é importante e insubstituível recurso económico e factor sócio-cultural marcante para uma boa parte da população do nosso concelho, sugerimos à Câmara Municipal que, com base no previsto na alínea j), do nº2, do artº 64º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações que lhe foram introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, proponha à Assembleia Municipal a adesão da Câmara Municipal de Mação ao ProTEJO – Movimento pelo Tejo, a fim de que este Órgão se pronuncie, conforme estabelece a alínea m), do nº2, do Artº 53º, do já referido diploma legal.

Informação on-line sobre o Movimento ProTEJO pode ser obtida no seginte Blog:

http://movimentoprotejo.blogspot.com/

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

PAGAR A PERDER DE VISTA OU … QUEM VIER DEPOIS QUE FECHE A PORTA!

As maiorias PSD na Câmara e na Assembleia Municipal aprovaram, com os votos contra dos Vereadores e da bancada do PS, a contratação pela Câmara de Mação de um empréstimo bancário que pode ir até aos € 2.500.000.

Para que o empréstimo possa avançar basta apenas a obtenção de visto pelo Tribunal de Contas.

Os Autarcas Socialistas votaram contra a contratação do empréstimo fundamentalmente por 2 razões:


1) Insuficiência de Informação

O Executivo Camarário não apresentou aos autarcas socialistas qualquer documento a explicar e a fundamentar a necessidade do empréstimo, limitando-se a transmitir verbalmente que ele se destina a financiar obras já candidatadas ou que pretenda vir a candidatar ao QREN (por exemplo o Pavilhão Multiusos) e obras de melhoramento na Rede Viária e Arruamentos.

Face ao elevado montante do empréstimo, que irá mais do que duplicar o actual endividamento da CMM, os autarcas socialistas consideraram que a escassa e genérica informação disponibilizada não era suficiente para proceder a uma análise rigorosa do mesmo.

Como se esta escassez de informação não bastasse, o Executivo Camarário incumpriu inclusive a Lei das Finanças Locais, ao não entregar aos membros da Assembleia Municipal (embora o tenha feito aos Vereadores do PS na reunião de Câmara) o mapa demonstrativo da capacidade de endividamento do município.


2) Prazo do Empréstimo

Está previsto que o empréstimo possa ir até 25 anos, a que acresce a possibilidade de 2 anos de carência de capital.

Ao contratar um empréstimo que se estende por uma geração o Executivo Camarário transfere para o futuro parte significativa dos respectivos encargos financeiros, com a agravante de, se for adoptado o prazo de carência previsto, o pagamento apenas se iniciar no final deste mandato ou mesmo só no início do próximo.

Tal significará que, na prática, o Executivo Camarário propõe-se fazer obra neste mandato e deixar para os Executivos seguintes a responsabilidade de dar sequência ao pagamento.

Para além disso, ao longo dos anos, tem vindo a assistir-se a um alargamento do prazo dos empréstimos contratados pela CMM: se os primeiros foram contratados por um prazo de 12 a 15 (o que se nos afigura aceitável), 3 dos 4 últimos já foram contratados por 20 anos.

Ao adoptar esta política de financiamento o Executivo Camarário está a hipotecar a política de investimentos de Executivos vindouros, o que trará reflexos negativos para o concelho.

Os Autarcas Socialistas consideram a contratação de um empréstimo bancário uma medida de gestão perfeitamente normal. E como tal, de uma forma responsável, estariam disponíveis para o viabilizar se tivessem sido cumpridas 2 condições que decorrem do que já foi dito:

- A disponibilização pelo Executivo Camarário de mais informação, que tivesse permitido avaliar melhor da sua necessidade;

- Um prazo de reembolso até 15 anos, o qual já permite uma boa diluição do pagamento no tempo e, ao mesmo tempo, não hipoteca a política de investimentos no futuro.

O que os Autarcas Socialistas não fazem, nem nunca farão, é passar cheques em branco ao Executivo Camarário, muito menos quando eles podem condicionar o nosso desenvolvimento futuro.


Nota Final - As Contas do Empréstimo

Presentemente a Euribor a 6 meses, indexante que irá ser utilizado no empréstimo, ronda 1%. Como o empréstimo tem um “spread” de 2%, tal significa que, se o mesmo começasse a ser utilizado agora a Câmara de Mação pagaria uma taxa de juro de 3%.

Partindo do pressuposto que a taxa se mantém inalterada ao longo dos 25 anos, e que, tal como previsto, durante 2 anos a Câmara apenas paga juros e não amortiza capital (o chamado período de carência), o empréstimo irá custar aos cofres da Câmara cerca de € 1.110.000 de juros!

Mas as taxas de juro estão anormalmente baixas, em virtude da crise financeira. E certamente, mais tarde ou mais cedo, irão subir. Daí que seja utópico considerar que a taxa média do empréstimo ao longo dos 25 anos seja de 3%. Será sempre mais.

Vamos então considerar para o empréstimo uma taxa de juro média de 5%, o que é um cenário perfeitamente plausível. Nesta situação, a Câmara pagará só de juros do empréstimo €1.962.000! Quase tanto como o valor que pediu emprestado.

Para se ter uma melhor ideia do montante do empréstimo e dos custos financeiros que lhe estão associados, diga-se que se o empréstimo e os respectivos juros tivessem de ser pagos pelos cerca de 7.000 habitantes do concelho, cada um teria de desembolsar € 640.

Se a Câmara tivesse optado por um prazo para o empréstimo mais aceitável, digamos 15 anos, os juros a pagar seriam substancialmente mais baixos: € 672.000 com uma taxa de juro de 3% e € 1.155.000 se esta for de 5%.

Foi por defender que os governantes não devem deixar encargos demasiado pesados para as gerações futuras que os Autarcas do PS defenderam que o empréstimo não deveria ir além de 15 anos.

Certamente que Saldanha Rocha e os seus Vereadores não fizeram estas contas. Mas deveriam ter feito.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

FINALMENTE SINAIS DE DESCENTRALIZAÇÃO

Na Assembleia Municipal da passada 2ª Feira o Dr. José António Almeida, Director do Agrupamento de Escolas Verde Horizonte, propôs à Presidente da Mesa da Assembleia Municipal, numa intervenção a partir do público, que uma próxima reunião deste órgão se realizasse nas instalações da Escola Secundária.

O objectivo da iniciativa seria dar a conhecer aos jovens o funcionamento deste órgão autárquico e, de alguma forma sensibilizá-los para uma maior participação na vida pública.


A Presidente da Mesa da Assembleia Municipal acolheu a ideia com agrado (no que foi secundada pelos restantes membros do órgão), pelo que uma das próximas reuniões poderá vir a realizar-se na Escola Secundária.

Ainda bem que assim acontece. É fundamental aproximar os políticos e a sua actividade das pessoas, sejam elas jovens, de meia-idade ou “menos jovens”.

Esta atitude vai ao encontro, ainda que de forma tímida, da proposta que o PS / Mação apresentou na campanha eleitoral de descentralizar as reuniões da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal.

Já no desempenho do seu cargo, os Vereadores do PS propuseram que as reuniões camarárias se realizassem em horários que permitissem uma maior participação das pessoas. Infelizmente o Executivo Camarário chumbou a proposta, entendendo que não se justificava mudar o horário das 4ª Feiras às 10 horas da manhã.

Mais recentemente, na sequência da cerimónia de entrega das bolsas de estudo, os Vereadores do PS apresentaram uma declaração, da qual se extrai o seguinte excerto:

“Também o facto de uma iniciativa dirigida à população estudantil ter decorrido no edifício dos Paços do Concelho nos merece um reparo. Com efeito, faria todo o sentido que ela tivesse decorrido nas instalações da Escola, convidando / incentivando todos os alunos a assistir porque, se a Câmara Municipal premeia, e bem, o desempenho escolar, esta seria a melhor forma de incentivar os estudantes a aplicarem-se e a superarem-se.”

Fazemos votos que este primeiro sinal de abertura à descentralização possa ter novos desenvolvimentos, e que os autarcas do PSD estejam disponíveis para aceitar outras propostas semelhantes.

E ainda bem que se começa a perceber que as propostas do PS não são descabidas.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O MAÇÃO 2013 ATINGIU AS 1.000 VISITAS

O Mação 2013 acabou de alcançar as 1.000 visitas. Permitam-nos, por isso, que demos um pequeno destaque ao facto.

Não temos por objectivo empolar visitas. Se assim fosse, teríamos optado por um contador que adicione todas as entradas que um utilizador faz ao longo do dia, ao invés do que utilizamos, que apenas contabiliza 1 visita diária por utilizador, independentemente do número de vezes que ele entre durante esse espaço de tempo no Mação 2013.


Mesmo não utilizando este artifício, em menos de 2 meses (considerando que o Blog só começou a ser divulgado e visitado efectivamente no início de 2010) alcançámos as 1.000 visitas. Mais do que isso, temos vindo a assistir a um aumento gradual do número de visitas diárias.

Isto significa que, a cada dia ou semana que passa, há mais gente interessada neste espaço informativo do PS / Mação.

Este facto, como não podia deixar de ser, deixa-nos satisfeitos, porque é sinal de que aquilo que escrevemos tem aceitação ou, no mínimo, desperta curiosidade.

Pela nossa parte tudo faremos para manter este espaço dinâmico e suficientemente atractivo, a fim de poder continuar a merecer a visita de um número cada vez maior de pessoas.

DIÁRIO DA REPÚBLICA - 2ª SÉRIE - 22 DE FEVEREIRO

Aviso (Extracto) n.º 3764/2010

Para os efeitos do disposto na Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações que lhe foram introduzidas pela Lei n.º 5 -A/2002, de 11 de Janeiro, torna -se público que a Câmara Municipal de Mação, em reunião realizada em 27 de Janeiro de 2010, deliberou submeter a apreciação pública o Projecto de Regulamento do Parque de Campismo Municipal de Mação, para cumprimento do n.º 1 do artigo 118.º do Código do Procedimento Administrativo.

Assim, durante o período de 30 dias, a contar da data da publicação do presente edital no Diário da República, poderá o Regulamento ser consultado no edifício dos Paços do Concelho, sobre o qual os interessados devem dirigir por escrito as suas sugestões ao Presidente desta Câmara Municipal, nos termos do n.º 2 do artigo 18.º do Decreto –Lei n.º 6/96, de 31 de Janeiro.

Mação, 11 de Fevereiro de 2010
O Presidente da Câmara (José Manuel Saldanha Rocha).

sábado, 20 de fevereiro de 2010

REUNIÃO DE CÂMARA DE 24 DE FEVEREIRO

Ordem de Trabalhos

1) Apreciação de correspondência e respectivas deliberações, quando necessárias.

2) Apreciação de requerimentos e pedidos de licenciamento de obras particulares.

3) Outros assuntos

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE 22 DE FEVEREIRO

Ordem de Trabalhos

1) Informação do Presidente da Câmara, em cumprimento da alínea e) do nº 1 do artº 53 da Lei nº 169/99 de 18 de Setembro, na nova redacção dada pela Lei nº 5 A/2002 de 11 de Janeiro.

2) Discussão e votação do projecto de Regulamento de Urbanização e de Edificação do Município de Mação.

3) Discussão e votação da proposta de alteração aos Estatutos da A-Logos.

4) Discussão e votação de Contracção de Empréstimo, a longo prazo, até ao valor de € 2.500.000 destinado a financiamento de obras no âmbito do QREN e de obras na Rede Viária Municipal.

5) Eleição de representante das Juntas de Freguesia na Comissão Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios.

6) Eleição de representante das Juntas de Freguesia na Comissão Municipal de Protecção Civil.

FESTIVAIS DE GASTRONOMIA: UNS TÊM. OUTROS NÃO.

Vila Nova da Barquinha. Tomar. Santarém. Penacova. Sever do Vouga. Penafiel. Figueira da Foz. Murtosa. Montemor-o-Velho.

O que têm em comum estes concelhos, alguns situados bem perto de nós? O facto de neles estar a decorrer, ou ir decorrer nas próximas semanas, um Festival de Gastronomia.


Um pouco por todo o país, e durante todo o ano, multiplicam-se os festivais dedicados à gastronomia local. Nesta altura do ano, muitos deles dedicados à lampreia e ao sável, ou não fosse esta a época por excelência destas iguarias.

Estes concelhos (autarquia e restaurantes) vêem neste tipo de iniciativa uma fonte de atracção e dinamismo, que arrasta pessoas e negócio. Porque já perceberam que há cada vez mais pessoas apreciadoras da boa cozinha tradicional portuguesa, muitas vezes dispostas, se for necessário, a percorrer largas dezenas ou centenas de quilómetros para degustarem o prato da sua preferência.

E por isso estes concelhos “pegam” nos seus produtos tradicionais e colocam-nos em cima da mesa, à disposição dos muitos bons apreciadores da nossa cozinha e dos nossos produtos de eleição.

Infelizmente Mação está fora do roteiro dos festivais gastronómicos. E com isso perde atracção, dinamismo e dinheiro.

A Câmara de Mação, que em tempos prometeu “mil e um” festivais (lembram-se da lampreia, do presunto, do cabrito, do maranho?) deixou cair o único que ainda pôs de pé, embora por escassos anos: o da lampreia.

É pena que assim aconteça porque, para além de poder beneficiar das vantagens já enunciadas, Mação tem efectivamente condições e produtos endógenos para ombrear com os festivais que se vão fazendo por esse país fora.

A lampreia e o peixe do rio, onde o concelho tem uma forte tradição, podia ser, como já foi, um desses festivais. Mas custa a perceber que um concelho que se arroga como a “capital do presunto” não utilize este tipo de iniciativa para divulgar o produto e o seu estatuto de principal produtor.

Não há razão para assim continuarmos. A Câmara de Mação tem o dever e a obrigação, a bem dos interesses do concelho, de fomentar e apoiar o surgimento de novos festivais gastronómicos. Ficamos a aguardar.

Entretanto, aqui ficam algumas sugestões, em particular para os apreciadores de lampreia:

- Figueira da Foz: 12 a 28 de Fevereiro (Lampreia);

- Montemor-o-Velho: 5 a 14 de Março (Lampreia);

- Murtosa: 6 de Março (Lampreia) e 10 de Abril (Lampreia e Sável);

- Penacova: 26 a 28 de Fevereiro (Lampreia);

- Penafiel (Entre-os-Rios): 5 a 7 de Março (Lampreia);

- Santarém: 13 a 28 de Fevereiro (Magusto);

- Sever do Vouga: 5 a 14 de Março (Lampreia e Vitela);

- Tomar: 20 de Fevereiro a 7 de Março (Lampreia);

- Vila Nova da Barquinha: 13 de Fevereiro a 4 de Abril (Lampreia e Sável).

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

PEDIDOS DE INFORMAÇÃO DOS VEREADORES DO PS

Nos cerca de 3 meses e meio que levam de mandato os Vereadores do PS apresentaram ao Executivo Camarário 11 pedidos de informação, a saber:

1) Lista de Credores da CMM à data de 27-Out-2009;

2) Empréstimos bancários da CMM à data de 27-Out-2009;

3) Quadro de Pessoal da CMM à data de 27-Out-2009;

4) Adesão de Mação ao Sistema Multimunicipal das Águas do Centro;

5) Valores de IMI devolvidos pela CMM;

6) Lista de Credores da CMM à data de 31-Dez-2009;

7) Pagamentos a Pessoal em 2009 através de Recibo Verde;

8) Adesão de Mação ao Sistema Multimunicipal das Águas do Centro (informação complementar);

9) Alunos universitários que beneficiam de Bolsa de Estudo;

10) Fornecimento de Água ao Concelho pela CMM;

11) Terrenos para ampliação da Zona Industrial das Lamas (ZIL).

Estes pedidos, a par de uma intervenção sempre activa em todas as reuniões camarárias, numa lógia de oposição construtiva, demonstram a forma empenhada como os Vereadores do PS têm vindo a desempenhar o seu mandato. E a informação obtida tem-lhes possibilitado desenvolver a acção fiscalizadora que a lei permite (e exige) que façam da actividade desenvolvida pelo Executivo Camarário.

Os Vereadores do PS também não podem deixar de sublinhar o facto de, até à data, o Executivo Camarário ter dado uma resposta atempada aos seus pedidos de informação. Com poucas excepções, os pedidos têm sido satisfeitos no espaço de quinze dias (na reunião seguinte àquela em que foram apresentados).

Um ou outro caso de prestação de informação incompleta ou com lapsos não põem em causa, até à data, a apreciação globalmente positiva que os Vereadores do PS fazem do desempenho do Executivo Camarário neste domínio. O que registam com agrado e esperam que se mantenha ao longo do mandato.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

TAXAS MUNICIPAIS AUMENTAM 10%

Com os votos contra dos Vereadores do PS o Executivo Camarário, liderado por Saldanha Rocha, aprovou na reunião de Câmara de 10 de Fevereiro um agravamento de 10% na generalidade das Taxas Municipais.

Além disso, a Tabela de Taxas Municipais vai passar a contemplar um número bem mais significativo taxas. Se a Câmara seguir à risca a Tabela pode dizer-se, com algum exagero e ironia, que os munícipes vão passar a pagar taxas apenas por 2 razões: por tudo e por nada.

Pior ainda, o Regulamento de Taxas Municipais prever que, até 2014, as taxas sejam aumentadas, números redondos, 10% ao ano. Em suma, daqui a 4 anos, quando os munícipes de Mação recorrerem ao serviços camarários poderão pagar taxas cerca de 50% mais caras do que actualmente.

O Executivo Camarário diz que os aumentos anuais, agora previstos, poderão não se concretizar. Mas o que é certo é que estão previstos no Regulamento de Taxas.

Na origem desta alteração está a Lei nº 53-E/2006, que obriga os municípios a ajustarem o seu Regulamento de Taxas Municipais e respectiva Tabela de Taxas aos princípios que ela consagra, nomeadamente: a necessidade das taxas terem uma fundamentação económica-financeira para a sua aplicação e de deverem reflectir os custos que estão associados à prestação do serviço pela Autarquia.

A Câmara de Mação socorreu-se de um estudo, elaborado por uma entidade externa para os 5 municípios do Pinhal Interior, que embora apresente uma certa coerência na sua elaboração, apresenta alguns erros grosseiros de análise, cuja responsabilidade não se sabe se pode ser assacada exclusivamente à referida entidade ou se esta foi induzida em erro pela Câmara Municipal, ainda que involuntariamente.

Alguns destes erros raiam o absurdo: os cemitérios representam para a autarquia um custo anual na ordem dos €488.000,00(!) E, para as Feiras e Mercados, a "coisa" ainda sai mais cara: € 645.000,00(!)

O estudo apresenta ainda outra falha grave: o cálculo dos custos que fundamentam o aumento das taxas leva apenas em consideração a actual matriz de custos da Câmara Municipal, sem fazer qualquer avaliação sobre a maior ou menor eficiência da sua estrutura de recursos. Tal significa que, caso a estrutura apresente ineficiências, a Câmara Municipal limita-se a passar para os munícipes os custos dessa ineficiência, sem fazer o mínimo esforço para os atalhar.

Perante isto, custa a perceber como é que o Executivo Camarário aceitou e pagou este estudo, sem ao menos exigir alguns ajustamentos no mesmo.

O estudo acaba por concluir que as Taxas Municipais:

- Estão longe de pagar todos os custos operacionais suportados pela Câmara com a prestação dos serviços taxados;

- Têm de aumentar muito e, por muito que aumentem, nunca cobrem os referidos custos.

Em conclusão poderá dizer-se que sensação com que se fica é que o estudo apenas serviu para tentar justificar o aumento significativo das Taxas Municipais.

Por outro lado, a Lei 53-E/ 2006 também permite às Autarquias reduzir ou aumentar o valor das taxas de uma forma mais acentuada que aquela que o estudo económico-financeiro aponta, com o objectivo de, respectivamente, incentivar ou desincentivar o “consumo” de determinados serviços por parte dos munícipes.

Ao aumentar a generalidade das taxas municipais de uma forma uniforme a Câmara Municipal fez “tábua rasa” desta abertura dada pela Lei, o que, objectivamente, não pode deixar de configurar uma inadequada gestão dos serviços prestados à comunidade, que acabará por reflectir-se em custos para o concelho.

Saldanha Rocha e os seus pares defenderam este aumento com o argumento de que as taxas municipais não são aumentadas desde 2003.

Pode dizer-se que é um argumento aceitável. Mas isso, por si só, não garante que os preços actualmente em vigor estejam desajustados.

Em face da pouca consistência do estudo e perante o aumento significativo das Taxas Municipais, os Vereadores do PS não tinham outra alternativa senão votar contra a proposta apresentada.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

CONTADORES DE ÁGUA

A instalação de contadores de água é um bom indicador para aferir da dinâmica de um concelho, por uma simples razão: qualquer pessoa, empresa ou outra entidade necessita de água canalizada.

Como tal, o número de contadores instalados permite saber, de uma forma bastante segura, quantas novas habitações se construíram ou quantas empresas se instalaram.

Pois bem, em 2009 a Câmara Municipal procedeu à instalação de 91 contadores, a saber:
- Uso doméstico: 85
- Estabelecimentos Industriais / Comerciais: 3
- Cooperativas: 2
- Associações Desportivas e Culturais: 1

Dirão alguns qua a instalação de 85 novos contadores para uso doméstico são um bom sinal de dinamismo. À primeira vista sim, mas o problema são os contadores, porventura em maior número, que todos os anos são desligados, ou se o não são, pelo menos as respectivas casas ficam abandonadas. P
orque Mação perde, em termos líquidos, cerca de 150 ou 160 pessoas por ano.

Relativamente à instalação de contadores em estabelecimentos industriais e comerciais o número de contadores instalalados nem permite criar uma primeira ilusão. Um concelho que apenas instala 3 contadores de água em empresas é um concelho com uma reduzida, para não dizer nula, capacidade de gerar novos empreendedores. E quando não surgem novos empreendedores, o futuro não é risonho.

Quando se diz que Mação está sem dinâmica e a definhar, não se está a dizer mal do concelho, nem a revelar desconhecimento do mesmo, como alguns, numa campanha de descredibilização junto da opinião pública, pretende fazer crer. Infelizmente para todos nós, apenas se está a dizer a verdade.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

REUNIÃO DE CÂMARA DE 10 DE FEVEREIRO

Ordem de Trabalhos

1) Apreciação de correspondência e respectivas deliberações, quando necessárias.

2) Apreciação de requerimentos e pedidos de licenciamento de obras particulares.

3) Discussão e votação do Projecto de Regulamento de Cedência de Lotes de Terreno na Zona Industrial das Lamas (Mação).

4) Discussão e votação do Regulamento de Taxas Municipais e respectiva Tabela de Taxas.

5) Outros assuntos

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

VERDE É O HORIZONTE E O RECIBO

Subindo ao alto do monte
No domínio desta “tribo”
Verde é o horizonte
E também o é o recibo

Começa-se por prestar serviço
De tarefeiro disfarçado
Passado pouco tempo
Já se está metido no quadro

Para a selecção ser criteriosa
E efectuada com rigor
Os júris deveriam ser daltónicos
Para não destrinçarem a “cor”

E assim se esbanjam milhões
Com esta gestão de insucesso
O que importa são as reeleições
Sem se ligar ao progresso

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O QUE A CÂMARA PAGA POR RECIBOS VERDES

Em 2009 a Câmara Municipal de Mação pagou a 71 pessoas através de recibo verde. O montante pago atingiu os € 502.394,85.

Alguns dos valores pagos poderão enquadrar-se no verdadeiro espírito do recibo verde, ou seja pagamentos associados a assessoria e tarefas diversas, mas não há dúvida que a sua grande maioria traduz uma forma encapotada de emprego.

Considerando os funcionários que integram o seu quadro de pessoal, a Câmara de Mação já paga remunerações a cerca de 300 pessoas e o gasto anual deverá rondar, ou mesmo ultrapassar, os 4 milhões de euros.

Esta estrutura de pessoal começa a ser demasiado alargada e pesada, tomando em consideração a dimensão do nosso concelho. Em média, existe um funcionário camarário por cada 23 munícipes.

Compreende-se que, em num concelho como o nosso, cada vez mais desertificado e com menos dinâmica, a Câmara Municipal deve ter a preocupação de assegurar postos de trabalho. Mas não pode nem deve subverter essa lógica, tornando isso quase no seu principal objectivo.

Sabe-se igualmente que as Câmaras Municipais são, cada vez mais, prestadoras de serviços e que estes consomem recursos humanos. Mas também neste domínio deve haver alguma razoabilidade, sob pena de, qualquer dia, ser mínima a parcela de recursos financeiros disponíveis para investimento.

Mas toda a gente sabe que esta política de recrutamento pessoal tem subjacente, não raras as vezes, interesses políticos e eleitoralistas. A melhor forma de assegurar votos é arranjar empregos ou, no mínimo, acenar às pessoas com eles.

E a história dos “recibos verdes” encaixa-se como uma luva nesta estratégia. Com a desculpa de ter de se fazer mais isto ou aquilo, contrata-se “alguém” a “recibo verde”. Esse “alguém”, quase sempre oriundo da família política que domina os Paços do Concelho, ou que se pretende que passe a integrá-la, lá vai, durante algum tempo, recebendo desta forma. Até ao momento em que, com o argumento de que já está enquadrado(a) no Serviço e que faz muita falta, etc., etc., passa para o quadro. Não raras as vezes através de um “concurso público” para admissão de pessoal que de público só tem o nome, feito à medida para o encaixar.

Ainda recentemente houve um bom exemplo desta política “transparente” de contratação de pessoal, aquando dos concursos públicos lançados pela Câmara em Dezembro último, para o preenchimento de 16 vagas no seu quadro de pessoal. Para se perceber melhor o contexto, transcreve-se parte do post sobre o assunto colocado neste Blog em 13 de Dezembro:

“Mas talvez não adiante muito concorrer. Há quem diga que as vagas, ou pelo menos parte delas, já têm destinatário certo.

O aviso do concurso também indicia isso, pelo menos em relação à vaga para Técnico Superior (Agro-Pecuária).

Então não é que para o desempenho de funções exclusivamente na Área da Floresta a Câmara Municipal pretende recrutar alguém que apenas pode ser formado em Engenharia Agro-Pecuária?

Mas não é tudo. A pessoa a recrutar não pode ter o grau de Licenciado mas apenas o Bacharelato!”


Que fique bem claro: não se critica aqueles que aceitam entrar neste jogo, muitos deles jovens à procura de estabilizar a sua vida profissional. É compreensível que queiram agarrar com ”unhas e dentes” uma oportunidade que surja, ainda que para isso tenham de dar alguma “contrapartida”. Para a generalidade das pessoas, o emprego é, depois da saúde, o bem mais importante.

Critica-se isso sim é a Câmara Municipal por adoptar uma política de contratação de pessoal que, com alguma regularidade, sobrepõe interesses eleitoralistas aos interesses do concelho e dos seus munícipes e contraria o princípio da igualdade de oportunidades.

Sim, porque já seria um bom princípio se pelo menos todos tivessem as mesmas oportunidades quando surge um concurso público para admissão de pessoal e nunca nenhum potencial candidato ouvisse da boca de alguém expressões utilizadas com frequência e que têm funcionado como primeira prova de selecção / eliminação: “primeiro estão os nossos” ou “enquanto houver dos nossos não se metem dos outros”.

UM PRESIDENTE AQUI BEM PERTO DE NÓS

O Presidente da República Cavaco Silva realiza 6ªFeira e Sábado o seu 2º Roteiro das Comunidades Locais Inovadoras.

A iniciativa irá decorrer na Beira Baixa, deslocando-se Cavaco Silva a vários concelhos da região, entre os quais, na tarde de Sábado, aos nossos vizinhos Oleiros, Sertã e Proença-a-Nova.



O Presidente da República desloca-se em Oleiros à empresa Pinorval (15h30), na Sertã à Palser - Central Termoeléctrica a Biomassa Florestal (16h30) e em Proença-a-Nova ao Centro de Ciência Viva da Floresta (17h30).

Pena que Mação tenha ficado de fora deste roteiro, ao contrário de 3 outros concelhos do Pinhal Interior Sul. É certo que nem todos os concelhos podem ser contemplados numa inciativa desta natureza, mas talvez a ausência de Mação até não surpreenda se tivermos em conta os objectivos que norteiam esta iniciativa do Presidente:

"Mobilizar a capacidade inovadora dos Portugueses é uma das tarefas decisivas para ultrapassar a difícil e preocupante situação económica e social em que Portugal se encontra e combater as persistentes desigualdades territoriais do desenvolvimento.

As comunidades locais podem dar um contributo significativo não só para superar os problemas sociais gerados pela crise económica e financeira, mas também para o aumento da riqueza e para a criação de emprego. De Norte a Sul do País é possível encontrar, a nível local, respostas inovadoras aos desafios colocados pela crise através de iniciativas que merecem ser divulgadas e devidamente acarinhadas e estimuladas.

Trata-se de respostas que poderão assumir-se como exemplos susceptíveis de despertar e mobilizar o potencial de iniciativa e de criação dos portugueses, das suas comunidades locais e das suas organizações.

Num cenário de grande incerteza quanto ao futuro o Presidente da República quer contribuir para que os portugueses ganhem confiança na sua capacidade de vencer as dificuldades e tomem a iniciativa de traçar o seu rumo usando os seus talentos, a sua coragem e a sua imaginação criativa. A melhor maneira de o fazer é mostrar os bons exemplos, é dar a conhecer os casos reais que fizeram o seu caminho e que podem ajudar muitos outros, contrariando a tradicional atitude de resignação."


Esperemos por uma próxima oportunidade, que poderá já não ocorrer neste mandato presidencial, atendendo a que ele se aproxima do fim.

Mas ainda neste mandato ou no próximo, com este Presidente da República ou com outro, o que é importante é que Mação também venha a entrar nos roteiros presidenciais. Mas para que isso aconteça é importante não esquecer que também devemos fazer alguma coisa para merecermos essa visita.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Bolsas de Estudo para Estudantes Universitários

Foram atribuídas pela Câmara Municipal 6 novas bolsas de estudo a estudantes do concelho que frequentam um curso do ensino superior. São eles:
- Ana Cristina Piedade da Silva - Carvoeiro
- Ana Rita Marques Baço - Mação
- Bruno Miguel Porto Rafael - Rosmaninhal
- Carolina Alves Matos - Mação
- Catarina Isabel Silva Martins - Moita Recome
- Rui Miguel Marques da Silva e Veiga - Ortiga

A estes seis acrescem outro(a)s 10 cuja bolsa já foi atribuída em anos anteriores:
- Tânia Neta Dias - Pereiro (2005)
- Luzia de Fátima Dias Marques - Carvoeiro (2006)
- Carlos Miguel Gonçalves Tereso - Amêndoa (2007)
- Estela Patrícia Pombo - Penhascoso (2007)
- Maria de Fátima Godinho de Matos - Amêndoa (2007)
- Sara Isabel Pires Marques - Mação (2007)
- Ana Lúcia Lopes Marques - Amêndoa (2008)
- Daniel Filipe Martins Dias - Carvoeiro (2008)
- Susana Raquel Maria Ribeiro (Ortiga) - 2008
- Telmo André Dias de Matos - Pereiro (2008)

Os Vereadores do PS, que aprovaram as referidas bolsas, congratulam-se com a sua atribuição. E esperam que as mesmas possam ajudar os contemplados a alcançar um objectivo extremamente importante na sua vida.

Mas nem tudo vai bem no processo de atribuição das bolsas de estudo. Ao analisar os processos de candidatura os Vereadores do PS detectaram um conjunto de anomalias que, muito provavelmente, já terão levado a Câmara Municipal a cometer injustiças na sua atribuição.

Tanto assim é que as bolsas do ano lectivo de 2009 / 2010 tiveram de ser reanalisadas, tendo daí decorrido a necessidade de alterações na ordenação dos candidatos.

Vejamos algumas dessas anomalias:

1) A distorção provocada pela forma de cálculo do rendimento do agregado familiar, ao tomar por base a “soma de controlo” da declaração de IRS;

2) O levar-se em consideração uma situação financeira ultrapassada (as bolsas atribuídas em Dezembro de 2009 foram calculadas apenas com base nos rendimentos de 2008). Para além da declaração do IRS, fazia sentido, por exemplo, comprovar a actual situação de emprego, mediante a apresentação do último recibo de vencimento;

3) A análise do rendimento do agregado familiar apenas no ano em que é atribuída a bolsa, pela 1.ª vez, mesmo que nos anos seguintes o rendimento se altere (aumente ou diminua) significativamente, a bolsa continua a ser atribuída pelo valor da declaração inicial;

4) A falta de objectividade da forma de cálculo dos rendimentos dos trabalhadores por conta própria (empresários em nome individual, empresários, actividade liberal, …);

Face a esta forma de actuação, que consideramos anómala, prejudicial e injusta, os Vereadores do PS propuseram, com o acolhimento favorável do Executivo PSD, a redefinição do Regulamento de atribuição das bolsas de estudo.

Sendo assim, fica-se agora a aguardar pela referida revisão do Regulamento.